Saúde

Laboratório japonês registra pedido de incorporação da vacina contra dengue

A vacina Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovada pela Anvisa em março deste ano

Isabel Dourado*
postado em 09/08/2023 12:36
Vacina Qdenga (TAK-003) protege contra qualquer um dos 4 sorotipos do vírus da dengue -  (crédito: LUIS ROBAYO/AFP)
Vacina Qdenga (TAK-003) protege contra qualquer um dos 4 sorotipos do vírus da dengue - (crédito: LUIS ROBAYO/AFP)

O laboratório japonês Takeda Pharma registrou solicitação formal para a incorporação da vacina Qdenga, contra a dengue, ao Sistema único de Saúde. A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, confirmou a informação durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

“O Ministério da Saúde tem mantido diálogo com a empresa Takeda, que também colabora com a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) para o Fator 8 contra a hemofilia. Essa empresa está em diálogo conosco. Entrou agora, no dia 2 de agosto, com a solicitação formal de sua incorporação”, destacou a ministra.

A Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovada pela Anvisa em março deste ano e protege contra qualquer um dos 4 sorotipos do vírus da dengue. Com o registro da solicitação formal para incorporação da vacina, a liberação deve agora ser analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec).

Como funciona

O imunizante é aplicado em duas doses com intervalo de três meses, e pode ser usado tanto em pessoas que já tiveram dengue quanto naquelas que não tiveram a doença. A primeira vacina do mundo contra a dengue, aprovada em 2015, só pode ser usada em pessoas que já foram contaminadas.

Segundo dados do laboratório, a vacina QDenga demonstrou eficácia de 80% na prevenção da febre causada pela dengue em crianças e adolescentes nos 12 meses que se seguiram à segunda dose. O principal estudo foi feito em oito países da América Latina e da região Ásia-Pacífico, com cerca de 20 mil crianças e adolescentes. O imunizante também reduziu em 90% os casos de hospitalização.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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