Segurança

Sobe para 13 o número de mortos em ação policial no Guarujá

Operação Escudo teve início na sexta-feira (28/7), após morte de policial da ROTA

Isabel Dourado*
postado em 01/08/2023 15:49 / atualizado em 01/08/2023 15:50
Operação Escudo teve início na sexta-feira (28/7) no Guarujá, após morte de policial da ROTA -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
Operação Escudo teve início na sexta-feira (28/7) no Guarujá, após morte de policial da ROTA - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

Subiu para 13 o número de vítimas mortas durante a Operação Escudo, no Guarujá, litoral de São Paulo. O dado foi confirmado pela Secretaria de Segurança Pública em balanço divulgado na manhã desta terça-feira (1º/8). A Secretaria de Segurança Pública destacou que a operação continua “em curso”, apesar das denúncias de exagero policial pelos moradores. A ação busca combater o narcotráfico e prendeu 32 pessoas até o momento, entre elas o suspeito de atirar e matar o policial militar Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA).

Entidades têm questionado, porém, a atuação dos agentes das forças de segurança e apontam abusos de autoridade policial. Ontem (31/7), o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou a elogiar a operação realizada na Baixada Santista desde sexta-feira (28) bem como a atuação dos policiais militares.

Uma comissão, formada pela Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo, pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), se deslocou até o município do Guarujá para apurar se houve arbitrariedades dos policiais.

Claudio Silva, ouvidor da Polícia, tem recebido relatos das arbitrariedades policiais ligadas à Operação Escudo. Ele comentou que a Baixada Santista já tem convivido com a truculência dos agentes da polícia há algum tempo e que irá pedir as imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos na operação. “Instauramos procedimentos para acompanhar as apurações e vamos pedir as imagens das câmeras corporais. Vamos pedir os laudos necroscópico, balístico, residuográfico e de local.”

De acordo com relatos dos moradores, os policiais prometeram matar ao menos 60 pessoas em comunidades da cidade. Ainda de acordo com a população, o foco da operação eram pessoas com antecedentes criminais e tatuagens.

Também ontem o Ministério Público de São Paulo designou três promotores para investigar a atuação da Polícia Militar. Os nomes foram indicados pelo procurador-geral da Justiça, Mario Sarrubbo.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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