Julgamento

Massacre de Paraisópolis: nova audiência é remarcada para dezembro

Dez testemunhas foram ouvidas nesta terça-feira (25/7) na primeira Audiência de Instrução no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães

A Audiência de Instrução do julgamento de 13 policiais envolvidos no episódio que ficou conhecido como Massacre de Paraisópolis deve ser retomada em 18 de dezembro deste ano, após ter início ontem (25/7), no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães. A audiência decidirá se os agentes do 16º batalhão da Polícia Militar envolvidos no homicídio de nove jovens durante operação no Baile da DZ7 vão a júri popular. 

Dez testemunhas foram ouvidas pelo juiz Ricardo Augusto Ramos na terça-feira. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, nove delas eram de acusação. Ainda segundo a corte, entre as testemunhas que depuseram estavam pessoas presentes no baile, moradores de Paraisópolis e médicos que prestaram socorro às vítimas. O processo conta com 52 testemunhas arroladas.

A Defensoria Pública detalhou o caso em um relatório de 187 páginas com imagens captadas de câmeras que expõem a ação dos policiais na madrugada de 1º de dezembro de 2019.

Dos 13 agentes acusados, 12 respondem por homicídio e um por colocar pessoas em risco, ao soltar explosivos durante a operação. São eles: os soldados Anderson da Silva Guilherme, Gabriel Luis de Oliveira, José Joaquim Sampaio, Luís Henrique dos Santos Quero, Marcelo Viana de Andrade, Marcos Vinicius Silva Costa e Matheus Augusto Teixeira; o subtenente Leandro Nonato, o sargento João Carlos Messias Miron, o cabo Paulo Roberto do Nascimento Severo e a tenente Aline Ferreira Inácio. Um dos indiciados já não faz mais parte dos quadros da Polícia Militar.

Os nove jovens mortos após a ação da Polícia Militar são: Gustavo Cruz Xavier, 14 anos; Dennys Guilherme dos Santos Franco, 16; Denys Henrique Quirino da Silva, 16; Luara Victoria de Oliveira, 18; Gabriel Rogério de Moraes, 20; Eduardo Silva, 21; Bruno Gabriel dos Santos, 22; e Mateus dos Santos Costa, 23. Nenhuma das vítimas morava na comunidade.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

Saiba Mais