Investigação

Ex-bombeiro vigiou Marielle e jogou armamento do crime no mar

Novas informações sobre o caso foram obtidas a partir de delação de ex-PM envolvido no crime

O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso nesta segunda-feira (24), pela Polícia Federal, foi o responsável por vigiar e anotar a rotina da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 no Rio de Janeiro. Além disso, de acordo com informações obtidas pelo Correio junto a fontes na corporação, ele também foi o responsável por esconder o armamento usado no crime.

Maxwell foi detido no âmbito da Operação Élpis, que também cumpre sete mandados de busca e apreensão. A investigação apura a morte da vereadora, do motorista Anderson Gomes e da tentativa de homicídio contra a assessora Fernanda Chaves.

Os crimes completaram cinco anos. A nova fase da operação foi realizada a partir da delação do ex-PM Élcio Queiroz. De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, ele confessou a própria participação no crime e de outros envolvidos.

Élcio confirmou a atuação de Ronnie Lessa e de Maxwell. O ex-bombeiro teria passado semanas vigiando Mariele, em um plano complexo de assassinato, que daria poucas chances de fuga e de defesa por parte das vítimas.

O foco principal do crime era Marielle. Mas devido à violência do ataque, Anderson também foi baleado e morto. Maxwell também teria ajudado a jogar o armamento usada no crime no mar, no Rio de Janeiro, para atrapalhar as investigações.

A arma usada nos homicídios não foi encontrada pelas autoridades até o momento. Flávio Dino afirmou que em razão da delação, novas diligências serão realizadas.

"As investigações estão em andamento. Obviamente, em razão deste avanço nas investigações, novas diligências ocorrerão nas próximas semanas", disse ele, em coletiva de imprensa no Ministério da Justiça.

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