Meio Ambiente

Europeus se assustam com o verão rigoroso

Temperaturas têm ultrapassado os 46°C. Continente é o mais afetado pelo aquecimento global, com incêndios e mortes pelo calor cada vez mais frequentes. Caminho para evitar a tragédia, segundo analistas, é a educação ambiental

A questão climática está no centro das atenções da Europa, que enfrenta o mais rigoroso verão da história, com temperaturas superiores a 46°C. O continente é o mais afetado pelo aquecimento global, com incêndios e mortes pelo calor cada vez mais frequentes. Os especialistas dizem que a situação só tende a se agravar, pois não há perspectivas, a curto prazo, de redução da temperatura. Principal fonte de renda para vários países no meio do ano, o turismo já começa a ser afetado.

Dados recentes apontam que a temperatura média do mundo bateu recorde por dias seguidos, ficando acima de 17°C. Se nada for feito para reverter esse quadro, muitas espécies vegetais e animais tenderão a desaparecer, provocando um enorme desequilíbrio ambiental, com secas devastando plantações e ampliando a fome. Atualmente, segundo as Nações Unidas, parte importante das 735 milhões de pessoas que não têm o que comer são vítimas das mudanças climáticas.

Autoridades comprometidas com as questões ambientais têm alertado que nenhum dos acordos assinados nos últimos anos para reduzir a emissão de gazes de efeito estufa vêm sendo cumpridos.
A promessa de limitar o aumento da temperatura média em 1,5 grau até 2100 está longe de se realizar, uma vez que os termômetros estão marcando quatro graus acima dos 13 graus de média observados no ano passado. O caminho, dizem os analistas, é a educação ambiental, ainda longe de se tornar realidade na maioria dos países.

Ajuda ao Canadá

Por causa das altas temperaturas do verão no Hemisfério Norte, uma equipe brasileira segue para o Canadá, nesta sexta-feira, a fim de auxiliar no combate a incêndios florestais. A América do Norte registrou, nos últimos dias, temperaturas de até 52°C e, por causa disso, mais de 8,1 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo até agora. Os brasileiros vão atuar nas províncias de Alberta, Columbia Britânica — que, em 2021, sofreu com uma grande queimada —, Quebec e Saskatchewan. A missão deve durar até 24 de agosto e contará com 104 especialistas de órgãos federais e estaduais. (Colaborou Mayara Souto)

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