A formação do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (13/7), provocou tempestades que causaram estragos em 29 municípios do estado — que está sob alerta. As fortes chuvas alagaram algumas cidades e provocaram o bloqueio de rodovias. De acordo com a Defesa Civil, quase meio milhão de moradores ficaram sem energia elétrica entre a noite e a madrugada desta quinta.
"A orientação é de que as pessoas se protejam, busquem informações junto à Defesa Civil de seu município e sigam as orientações – especialmente quem moram em áreas de risco, como nas proximidades de rios e em encostas com risco de desmoronamento. Durante a vigência dos alertas, a recomendação é de que as pessoas permaneçam em casa, se possível. Assim, evita-se a exposição a situações de risco", afirma a Defesa Civil. As prefeituras, a rede estadual e as universidades suspenderam as aulas devido aos riscos do tempo.
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Para esta quinta-feira (13/7), o alerta levanta o risco de mais chuvas, descargas elétricas, ventos de até 100Km/h e granizos. Segundo a empresa MetSul, é esperado para os próximos dias transtornos como queda de árvores, postes e danos em casas do estado. "Diferentemente da maioria dos ciclones em que o vento intenso se concentra no Sul e no Leste do estado, o vento nesta quinta será forte a intenso em grande parte do estado com rajadas de 60 km/h a 90 km/h na maior parte dos municípios, o que trará enorme impacto no setor elétrico. Cidades do Centro, da Campanha, do Oeste e do Norte do estado terão rajadas de 70 a 90 km/h. No Sul gaúcho, em muitos pontos, de 80 a 100 km/h e isoladamente superiores", diz a MetSul.
De acordo com o Inmet, os ventos no Rio Grande do Sul podem ser mais fortes do que os que atingiram o estado em junho, com a passagem de outro ciclone, o que causou destruição e três mortes. “Os ventos serão tão fortes quanto aqueles. O que a gente tem de diferente é que neste teremos mais áreas atingidas. No anterior, tivemos a concentração na região metropolitana de Porto Alegre. Mas, neste aqui, a área é maior e as rajadas devem chegar a Santa Catarina e ao Paraná”, comentou a meteorologista Marcia Seabra.