ENTREVISTA

Maria Cecília Barbosa se torna primeira almirante negra do Brasil

Em entrevista ao CB Poder, ela destacou a força das mulheres e a importância delas de se tornarem protagonistas em cargos de chefia

Convidada do CB Poder — parceria entre o  o Correio e a TV Brasília — desta terça-feira (11/7), a almirante e médica da Marinha, Maria Cecilia Barbosa da Silva Conceição, destacou a importância de ter mais mulheres em cargos de chefia. Ela foi promovida pela instituição e tornou-se a primeira mulher negra a alcançar o posto no país. 

A promoção de Maria Cecília Barbosa ocorreu em fevereiro deste ano. A cerimônia contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes dela, somente duas outras mulheres haviam alcançado o posto de almirante. A primeira foi a médica Dalva Maria Carvalho Mendes, em 2012 e, em 2018, a Marinha levou ao posto de contra-almirante a engenheira Luciana Mascarenhas da Costa Marroni.

“Este ano eu fui agraciada com essa promoção, por essa escolha. A carreira é uma meritocracia, você se desenvolve na carreira, tem a possibilidade de profissionalização, de capacitação, treinamento e você vai galgando postos cada vez mais altos dentro da instituição a medida que você tem o trabalho bem desenvolvido que é reconhecido pela instituição”, destacou a almirante, em entrevista ao jornalista Carlos Alexandre de Souza. 

Ela reiterou a força das mulheres para ocuparem posições de protagonistas nas instituições brasileiras. “Eu acredito que as coisas foram acontecendo naturalmente, as mulheres vão demonstrando a capacidade, demonstrando ao que vieram, que não podem ser só coadjuvantes, que elas tem que ser protagonistas nessa história. E mostrando essa participação, mostrando essa competência foram galgando outros níveis, outras carreiras e possibilitando o ingresso também outras formas inclusive em meio operativos”, disse.

Mulheres na Marinha

A almirante elogiou a pioneirismo da Marinha do Brasil em admitir mulheres como militares na Força. "Desde 1980 permite o ingresso delas inicialmente no corpo feminino de auxiliares praças e oficiais que realizavam funções principalmente técnico assistências e funções administrativas. Com o tempo, esse espectro foi aumentando para o ingresso de mulheres em várias outras posições em vários corpos, quadros e situações”, ressaltou.

“A mulher adicionou este comportamento, adicionou essa capacidade nas fileiras militares, faltava esse olhar feminino e você vê que atualmente as instituições militares estão crescendo, estão ganhando força justamente por conta da participação feminina, e a participação em todos os níveis dentro da instituição. Então esse olhar feminino fazia falta e agora ele já está ganhando força e mostrando realmente a sua importância”, apontou.

*Estagiária sob supervisão de Luana Patriolino

 

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