CRIME NO FUTEBOL

Tiago Leifert volta atrás após responsabilizar palmeirense pela própria morte

Em um programa de esportes, Leifert disse que a jovem assumiu o risco por "estar na confusão". Mais tarde, ele pediu desculpas e disse que teve acesso a uma informação errada sobre o caso

O apresentador Tiago Leifert voltou atrás após ser criticado nas redes sociais por responsabilizar a palmeirense Gabriela Anelli, que foi assassinada por um flamenguista no último sábado (8/7), em São Paulo. Na tarde desta segunda-feira (10/7), Leifert comentou o caso no programa esportivo 3 na área, e disse que a jovem estava com a torcida organizada do Palmeiras do lado de fora do estádio. "Quem já foi ao Allianz sabe como funciona, e no antigo Palestra Itália era a mesma coisa. Tem gente que entra no estádio e tem uma boa parte da organizada que fica na rua para bater nas pessoas que passam".

No entanto, a informação dita por Leifert não é verdadeira. Gabriela não estava com a torcida organizada batendo nas pessoas que passavam pelo local. Na verdade, ela foi morta antes mesmo do jogo começar. O crime ocorreu na rua Padre Antônio Tomaz, por volta das 18h, ao lado do portão da torcida visitante no Allianz Parque.

Um grupo de flamenguistas arremessavam garrafas de vidro em uma confusão, e Gabriela Anelli acabou atingida no pescoço. Ela foi levada em estado grave a um hospital. No entanto, não resistiu e morreu após sofrer duas paradas cardíacas. 

Confira a fala de Leifert:

 

O apresentador foi bastante criticado nas redes sociais pela fala. Na tarde desta segunda-feira, Leifert publicou um vídeo se retratando e dizendo que teve acesso a uma informação errada. "Antes que tome uma proporção maior que merece eu quero pedir desculpas por um erro que cometi hoje no 3 na área, um erro de informação", defendeu.

"Um erro baseado nos relatos de quem estava ali, de Polícia Militar e imprensa e que agora de tarde, horas depois, a gente sabe com mais detalhes o que aconteceu", explicou.

"Eu tinha dito que a torcedora que faleceu, que foi assassinada na verdade, é o termo correto, que ela estava no confronto do portão A, que aconteceu durante o jogo. A gente teve acesso ao BO (boletim de ocorrência), li o BO agora a pouco e ela estava próxima ao portão D, portão visitante. Voou uma garrafa na direção da torcida organizada do Palmeiras, atingiu ela no pescoço. Peço desculpas. Ela não estava no confronto do (portão) A. O confronto foi durante o jogo, foi feio, mas ela já tinha sido atingida. Foi atingida antes do início do jogo no portão D, então peço desculpas”, completou.

"Eu tinha dito que a torcedora que faleceu, que foi assassinada na verdade, é o termo correto, que ela estava no confronto do portão A, que aconteceu durante o jogo. A gente teve acesso ao BO (boletim de ocorrência), li o BO agora a pouco e ela estava próxima ao portão D, portão visitante. Voou uma garrafa na direção da torcida organizada do Palmeiras, atingiu ela no pescoço. Peço desculpas. Ela não estava no confronto do (portão) A. O confronto foi durante o jogo, foi feio, mas ela já tinha sido atingida. Foi atingida antes do início do jogo no portão D, então peço desculpas”, completou.

Mesmo se retratando, o apresentador ainda criticou as torcidas organizadas e relembrou que Gabriela era da Mancha Verde (torcida organizada do Palmeiras). "Quem é da organizada assume um risco. (...) Todas as tragédias que acontecem são de organizadas, e é sobre isso que a gente tem que conversar", frisou.

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