As gêmeas idênticas Maria Tereza de Oliveira Garzel e Maria do Carmo de Oliveira Silva, de 85 anos, caminham juntas, diariamente, há 12 anos. A tradição é tão forte que elas dizem que quando o passeio não acontece, parece que "nada no dia dá certo".
Moradoras de um condomínio em Curitiba, elas falaram sobre o hábito em entrevista ao VivaBem, do Portal Uol, e afirmaram que a caminhada matinal começa antes mesmo do sol nascer, já que elas gostam de acordar cedo e tirar um cochilo de tarde.
A caminhada dura 1 hora por dia, e é o momento do dia em que as irmãs aproveitam para socializar. "A gente coloca o papo em dia nas caminhadas, tanto que a família diz que a orelha de todo mundo fica queimando", brinca Maria do Carmo. Para Maria Tereza, se o passeio não acontece, parece que "nada no dia dá certo".
"A gente lembra muita coisa da infância e das artes que fazíamos juntas. Chegamos a trocar de namorado algumas vezes", completa Maria Tereza.
Mesmo portando a doença neuropatia periférica, que causa fraqueza, dormência e dor devido a danos nos nervos, normalmente nas mãos e nos pés, Maria Tereza não deixa de fazer a caminhada com a irmã. "Tenho que caminhar para não atrofiar, e fazer o tai chi todo dia, senão me desequilibro", conta ela.
A caminhada diária começou com Maria Tereza quando se aposentou como professora, na casa dos 50 anos.
"Quando fui ao ginecologista, todos os exames deram ruins, e a ordem foi caminhar. Obedeci, e ainda aproveitei para seguir o conselho do meu filho, que trouxe um panfleto sobre tai chi chuan de São Paulo. Depois de um ano já estava tudo no lugar", comemora Maria Tereza, que ganhou a companhia da irmã quando foi morar no mesmo condomínio que a irmã.