A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (6/7), a Operação Upgrade, que visa o cumprimento de 46 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão e 22 de prisão preventiva, contra suspeitos de ataques cibernéticos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Até 12h de hoje, a corporação já havia realizado 11 prisões de suspeitos, dois no Distrito Federal e nove em São Paulo.
A ação é um desdobramento das operações Chupa-cabra 1 e 2 e Backup, realizadas em Teresina (PI) e São Paulo (SP). Segundo comunicado da PF, foram mobilizados mais de 100 oficiais, com o apoio da Superintendência da PF em São Paulo, para o cumprimento dos 46 mandados judiciais, expedidos pelo juízo da 1ª Vara Federal da capital piauiense.
Durante as investigações anteriores em Teresina, foram descobertos dispositivos conhecidos como chupa-cabras, que foram clandestinamente instalados em duas agências do INSS com o objetivo de furtar dados pessoais de segurados.
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A descoberta dos aparelhos levou os oficiais até uma empresa de fachada, em São Paulo, utilizada como base para a prática dos crimes. Invasões ao sistema do INSS e vazamentos de senhas de servidores também foram identificados nos outros estados. Segundo a PF, o prejuízo causado ainda não pode ser quantificado, mas o INSS apontou que os crimes podem ter gerado déficit milionário ao Tesouro Nacional.
Os envolvidos deverão responder pelos crimes de organização criminosa, furto eletrônico, invasão de dispositivo informático e lavagem de bens e valores, cujas penas, somadas, podem resultar em condenação a 30 anos de cárcere. O Correio entrou em contato com a PFDF a fim de obter mais desdobramentos da operação no DF, mas a instituição se restringiu à nota oficial divulgada.
*Estagiário sob supervisão de Luana Patriolino