Um avião bimotor que seguia para Paranaguá, no estado do Paraná, desapareceu na segunda-feira (4/7). A aeronave decolou do Aeroporto Regional Orlando de Carvalho, em Umuarama, às 7h50, e sumiu dos radares quando passava por uma serra da Mata Atlântica. O governo paraense divulgou os nomes dos desaparecidos. Além do piloto, Jonas Borges Julião, o avião transportava os servidores Heitor Genowei Junior, da Secretaria de Estado do Turismo, e Felipe Furquim, assessor da Casa Civil.
O Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), o Corpo de Bombeiros e a Força Área Brasileira se concentram nas buscas para encontrar a aeronave. Em entrevista coletiva, na terça-feira (4/7), o major do Corpo de Bombeiros, Fabrício Frazatto dos Santos, afirmou que a nebulosidade tem dificultado as operações de buscas aéreas.
"Começam a chegar alguma informações, apontando que a aeronave teria mudado de rumo e ido para o Sul e não para o Norte, buscando uma área de maior visibilidade. Então, existem algumas possibilidade que vamos trabalhando", disse o militar.
Ao Correio, o governo do Paraná informou que cinco aeronave estão sendo utilizadas nas buscas. Nesta quarta-feira (5/7), será montado um Posto de Comando mais próximo à região de Limeira, "com utilização de novo efetivo terrestre e mais drones para melhorar a visualização do local, que é de difícil acesso e de mata fechada".
Além do aparato técnico nas buscas, os militares também estão colhendo informações dos moradores próximos ao local do incidente. "As buscas terrestres do Corpo de Bombeiros se prolongaram pelo dia todo. Foi percorrida a localização da Estrada do Limeira, na Serra da Prata, e pontos próximos no intuito de localizar a aeronave desaparecida, mas nada foi encontrado. Também foram coletadas informações de moradores da região, o que vai subsidiar novas ações", explica o governo, em nota.
Moradores da Serra do Mar relataram às equipes de buscas que ouviram um estrondo, que pode indicar a colisão do avião. "Colocamos algumas equipes para percorrer esse ambiente. É um ambiente extremamente dificultoso, de alta amplitude, mata densa e difícil acesso. Começamos a questionar moradores a respeito de informações que pudessem alimentar a nossa busca. Alguns moradores relataram terem ouvido um estrondo não característico daquele ambiente, que pode ser de uma colisão de um objeto grande, como uma possível aeronave", destacou o major Fabrício Frazatto dos Santos, em entrevista coletiva.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), uma aeronave SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) - Esquadrão Pelicano, decolou de Campo Grande para atuar nas buscas. A operação também conta com o auxílio de uma aeronave H-60 Black Hawk da FAB.