O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (31/7) a campanha da Semana Mundial da Amamentação. No evento, que aconteceu na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a importância dos bancos de leite e da campanha do aleitamento materno para reduzir a mortalidade infantil. Em 2001, em razão das evidências da superioridade do leite humano, a OMS passou a adotar como recomendação o aleitamento materno exclusivo por seis meses.
A ministra afirmou que a política da amamentação é universal e reforçou a necessidade de ações específicas para as lactantes e também para os seus parceiros. “Deve envolver os homens e deve olhar as diferenças no nosso país. Temos que pensar ações específicas para as mulheres e para os homens que vivem a experiência dos primeiros cuidados da amamentação dos seus filhos”, apontou.
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A coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente do Ministério da Saúde, Sônia Venâncio, citou os benefícios de investir e proteger a amamentação. “A amamentação protege contra infecções respiratórias, diarreias e alergias, e tem o maior potencial de redução para a mortalidade. Reduz em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis, e também reduz a chance de obesidade e diabetes no futuro. Crianças amamentadas por mais tempo têm melhor desempenho em testes de inteligência, mais anos de escolaridade e maior renda na vida adulta”, elencou Venâncio.
Ela explicou ainda que os benefícios do aleitamento materno se estendem para a mulher e reduzem as chances de desenvolver câncer de mama e de ovário, além de promover um vínculo mãe-bebê. “Quando a criança é colocada para mamar imediatamente após o nascimento, isso reduz os riscos de hemorragia pós-parto e reduz as chances de desenvolver diabete 2.”
Maior rede de bancos de leite
O Brasil tem a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite Humano do mundo. Entre janeiro e dezembro de 2022, foram coletados 234 mil litros de leite humano e 170 mil litros foram distribuídos. Além disso, 222 mil recém-nascidos foram beneficiados. Segundo os dados do Ministério da Saúde, houve no ano passado um aumento de 0,3% no volume de leite humano coletado no Brasil em relação a 2021. Em relação a 2020, o aumento foi de 3,5%.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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