Um agente penitenciário ficou ferido na rebelião promovida por um grupo de detentos no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. O motim começou no início da manhã, no pavilhão de isolamento, no dia reservado para visitas, inclusive íntimas. Segundo relatos inciais de testemunhas, o policial penal Janilson da Silva, de 41 anos, foi atingido de raspão, no rosto, por um tiro de fuzil, e foi encaminhado para atendimento em uma unidade de pronto-socorro da capital acriana. O governo do Acre montou um gabinete de crise para monitorar a situação.
Até o meio da tarde, a Secretaria de Segurança do Acre ainda não havia feito um balanço da rebelião, que mantém alas da unidade prisional sob controle dos detentos. Por nota, informou apenas que, no início da manhã, 20 agentes penitenciários faziam a segurança do local quando um grupo de 13 presos se rebelou. Dois policiais penais foram feitos reféns, incluindo o homem que foi ferido.
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Os primeiros relatos indicam que os amotinados, após tomarem a arma de um dos guardas, renderam outro agente e tiveram acesso ao local onde o armamento das forças de segurança da unidade fica armazenado. Informações ainda não confirmadas dão conta de que os rebelados estão de posse de três fuzis e algumas pistolas automáticas. Ainda não há informações sobre o número de agentes penais e de visitantes que estão sendo mantidos reféns.
Todo o perímetro do complexo penitenciário, que também a abriga o Presídio de Segurança Máxima Francisco D’Oliveira Conde, foi fechado. Os moradores vizinhos estão sendo orientados a deixar suas casas. Parentes dos presos que foram ao presídio neste dia de visitas estão aguardando, do lado de fora, mais notícias sobre a situação no interior da unidade. A Polícia Rodoviária Federal também foi acionada, para efetuar bloqueios nas rodovias que dão acesso ao complexo penitenciário.
Em nota assinada pelo procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro do Nascimento?, o Ministério Público do Acre (MP-AC) informou que “diante da gravidade da situação”, vai instaurar “um procedimento para apurar as circunstâncias que levaram a esse episódio de violência”.