Investigação

Dino diz que Élcio Queiroz fez delação premiada sobre caso Marielle

O delator afirmou que Maxwell Corrêa, ex-bombeiro que atuava na vigilância e no acompanhamento da vereadora, fez campanas para descobrir a rotina de Marielle e participou do acobertamento dos autores do crime

Rafaela Gonçalves
postado em 24/07/2023 10:11 / atualizado em 24/07/2023 10:29
Élcio Queiroz confessou que dirigiu o carro usado no ataque a Marielle Franco e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos -  (crédito: Tribunal de Justiça/Divulgação)
Élcio Queiroz confessou que dirigiu o carro usado no ataque a Marielle Franco e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos - (crédito: Tribunal de Justiça/Divulgação)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (24/7) que o ex-policial militar Élcio de Queiroz fez uma delação premiada e revelou mais envolvidos no asssassinato da vereadora Marielle Franco. O depoimento resultou na prisão de Maxwell Corrêa, ex-bombeiro que atuava na vigilância e no acompanhamento da vereadora.

Segundo o ministro, Élcio Queiroz confessou que dirigiu o carro usado no ataque a Marielle Franco e ao motorista Anderson Gomes e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. O delator afirmou ainda que Maxwell fez campanas para descobrir a rotina de Marielle Franco e participou do acobertamento dos autores do crime.

“Nessa delação, Élcio Queiroz confirmou a participação dele próprio, do Roni Lessa, e trouxe elementos sobre a atuação do Maxwell. Com isso nós temos sobre a ótica da polícia federal e das demais organizações a conclusão de uma fase da investigação com a confirmação de tudo que aconteceu na execução do crime, certos aspectos e certos detalhes da investigação sobre os quais pairavam dúvidas, a partir da delação”, explicou o ministro.

Dino afirmou que, nas próximas semanas, devem ocorrer outras operações contra alvos apontados nas investigações como mandantes do crime. “Não há de forma alguma a afirmação de que a investigação se acha concluída, pelo contrário. O que acontece é que há um avanço, uma espécie de mudança de patamar da investigação, que se conclui em relação ao patamar da execução, e há elementos para um novo patamar, qual seja a identificação dos mandantes do crime”, destacou.


Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação