Uma em cada cinco mortes violentas no Brasil em 2022 ocorreu na Amazônia Legal, é o que aponta o relatório do Fórum Brasileiro da Segurança Pública. O assassinato, em 2016, do traficante Jorge Rafaat, conhecido como “Rei da Fronteira”, marcou a intensificação da guerra entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho.
O estudo revela que dois fatores contribuem para o crescimento da violência na região da Amazônia Legal: a intensa presença das facções do crime organizado e a disputa entre elas pelas rotas nacionais e transnacionais de drogas que cruzam a região. A taxa de violência letal nos municípios que compõem a Amazônia Legal é 44% superior à média brasileira. Enquanto no Brasil a taxa foi de 23,4 por 100 mil habitantes em 2022, na Amazônia chegou a 33,8 por 100 mil.
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Crimes ambiental e organizado interligados
O relatório destaca ainda que os agentes do narcotráfico se subdividem para operar crimes ambientais como desmatamento, garimpos ilegais, intensificando conflitos fundiários, que também sucede no aumento desenfreado da violência letal.
“As duas facções passam a explorar cada vez mais as alianças firmadas no sistema prisional de estados da região amazônica, o que transferiu esses conflitos para territórios da região e permitiu a associação de grupos do narcotráfico a lideranças de outros ilícitos, como madeireiros e garimpeiros”, aponta o relatório.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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