O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e a Cervejaria Três Lobos, dona da Backer, firmaram um acordo para indenizar as vítimas de intoxicação no consumo da cerveja.
No acordo, a empresa reconhece a integralidade dos pedidos formulados na ação para o pagamento de danos patrimoniais e extrapatrimoniais.
O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Fernando Abreu dará detalhes do acordo em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (21/7), às 14h, na sede do MPMG.
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O empresário Humberto Fernandes, 67 anos, uma das vítimas da Backer, disse ao Estado de Minas que seu advogado foi notificado do acordo, e que está aguardando uma reunião com ele para saber de mais detalhes.
"Não estou sabendo de valores, como foram feitas essas bases, os prós e contras. Até onde eu sei, esse acordo foi feito pelo promotor do Ministério Público, sem a participação dos advogados", diz.
Relembre o caso
Em dezembro de 2019, antes do surgimento da pandemia do coronavírus, o Brasil ficou atônito pelo caso Backer, como ficou nacionalmente conhecido.
O caso foi de uma contaminação das cervejas da Backer por dietilenoglicol na linha de produção da fábrica, no Bairro Olhos D'Água, na Região Oeste de BH, dando origem a uma complexa investigação sanitária e policial.
A substância altamente tóxica era utilizada no processo de resfriamento da cerveja. Ela vazou e entrou em contato com o produto final, que foi vendido e consumido.
No total, 29 pessoas tiveram problemas de saúde em decorrência da ingestão da "Belorizontina", cerveja da Backer, sendo que 10 pessoas morreram de intoxicação.
*Estagiário com supervisão do subeditor Diogo Finelli.
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