saúde

Secretária garante eficácia da vacina substituta da gotinha

Novo formato é um avanço e um reforço para a proteção contra o vírus, segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. Ministério da Saúde segue a recomendação da OMS

Isabel Dourado*
postado em 19/07/2023 03:55
Secretária da SVSA, Ethel Maciel. -  (crédito: Walterson Rosa/MS     )
Secretária da SVSA, Ethel Maciel. - (crédito: Walterson Rosa/MS )

A vacina injetável contra a poliomielite, que substituirá a gotinha — que se tornou símbolo da imunização no país e gerou até mesmo o pensonagem Zé Gotinha —, é absolutamente segura e a transição para o novo formato é um avanço e um reforço para a proteção contra o vírus. A garantia é de Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde.

"A famosa gotinha virou um símbolo da vacinação no país e foi fundamental para eliminação da poliomielite em nosso território. Graças a essa estratégia, o Brasil não registra casos de pólio desde 1989. Isso garantiu segurança e saúde para milhares de crianças. Agora estamos avançando ainda mais, garantindo proteção por meio de um imunizante seguro e recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde)", afirmou Ethel.

A substituição da gotinha pela vacina injetável foi anunciada para ter início no primeiro semestre de 2024, mas será feita gradualmente. A troca de uma pela outra é uma meta do Ministério da Saúde desde 2011, por recomendação da OMS — que considera que, com a injeção, há menos perda para o corpo humano, uma vez que a gotinha pode ser cuspida pela criança.

Mas, segundo a pasta, essa mudança não representa a "aposentadoria" do Zé Gotinha das campanhas de vacinação. O personagem-símbolo, criado em 1986 para ajudar na divulgação da vacina pela erradicação da poliomielite, continuará a ser sinônimo de imunização.

Critérios

Segundo Ethel, antes de o ministério decidir a substituição da gotinha pela vacina injetável, foram analisados critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. "É importante ressaltar que essa transição será feita de modo gradativo. A indicação da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização) foi para que o Brasil passe a adotar, exclusivamente, a Vacina Inativada Poliomielite (VIP, injetável) no reforço aos 15 meses de idade, que atualmente é feito com a forma oral. A VIP já é aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de transição, que começa no primeiro semestre de 2024, as crianças que completarem as três primeiras doses da vacina, irão tomar apenas um reforço com a VIP aos 15 meses", explicou.

A secretária reforçou a segurança e a eficácia das vacinas. "Os pais e responsáveis podem ficar tranquilos quanto à segurança de ambas, pois são instrumentos usados há décadas nas ações de saúde pública. Possivelmente o pai ou mãe já se vacinou com a gotinha e, agora, o importante é garantir a imunização para o filho", afirmou.

O Ministério da Saúde vai liberar mais de R$ 151 milhões a estados e municípios para reforçar as ações de multivacinação de crianças e adolescentes. O repasse do recurso faz parte das ações voltadas à ampliação da cobertura vacinal, conforme disse a ministra Nísia Trindade, na segunda-feira, no 37º Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), em Goiânia. A liberação foi publicada, ontem, no Diário Oficial da União (DOU).

*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi

 

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