A Polícia Federal (PF), em parceria com a Receita Federal, realiza, nesta quinta-feira (13/7), a operação Woodpecker, que mira uma quadrilha suspeita de tráfico internacional de drogas. Segundo investigações da PF, o grupo escondia carregamentos de cocaína em cargas de madeira direcionadas à exportação pelo Porto de Paranaguá (PR).
Segundo a PF, durante a operação estão sendo cumpridos sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão em endereços situados nas cidades de Paranaguá (PR), Pontal do Paraná (PR), Balneário Camboriú (SC) e Guarujá (SP). Medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos indivíduos investigados também foram decretadas.
Pelo menos cinco apreensões de drogas vinculadas à atuação dos suspeitos — totalizando mais de três toneladas de cocaína — foram contabilizadas pela investigação.
- Receita apreende 35 kg de drogas no Aeroporto Internacional de Brasília
- Dino demite delegado da PF que disse que "pretos não fazem nada direito"
- Bolsonaro vai depor à PF sobre plano de golpe nesta quarta-feira (12/7)
Segundo a PF, os investigados pela operação responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, com penas que podem chegar a 50 anos de reclusão.
A Operação Woodpecker
De acordo com a PF, o grupo atuava vinculado a uma empresa responsável pelo transporte de contêineres com cargas de madeira até o Porto de Paranaguá, para a exportação. De acordo com as investigações, os suspeitos manipulavam os agendamentos de entrada de caminhões da empresa no porto para retardar o descarregamento dos contêineres.
Durante o tempo ganho no atraso no descarregamento, os paletes de madeira eram levados a outros locais, onde eram abertos e desmontados. A partir disso, compartimentos eram feitos serrando as tábuas de madeira, nos quais a droga era escondida, e os paletes eram remontados. Após o preparo da carga, o contêiner era transportado ao porto para seguir rumo ao exterior.
De acordo com a PF, o método criminoso prejudica o comércio exterior e as empresas que atuam nessa atividade, por danificar carga lícita para a alocação da droga.
Ainda segundo as investigações, alguns dos integrantes da quadrilha realizavam aplicações no setor imobiliário com o dinheiro proveniente dessas operações de tráfico internacional. O mais comum era a compra e construção de imóveis, na tentativa de lavar o dinheiro com rendimentos mensais de aparência lícita.
O nome da operação, Woodpecker, é a palavra em inglês para a ave pica-pau, que faz alusão à necessidade dos oficiais de procurarem pelas drogas dentro da madeira. O pica-pau é famoso pelo hábito de construir ninhos no alto de árvores ocas e bicar seus troncos em busca de insetos, dos quais se alimentam.
*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes
Saiba Mais
- Brasil Inspirado em Vampeta, homem dá pirueta após audiência de divórcio na RMBH
- Brasil Avião bimotor tem problemas na aterrissagem e toca bico na pista em Sorocaba
- Brasil Anielle Franco anuncia bolsas de doutorado para estudantes negros
- Brasil SP tem 2 mortes após ventania; idosa é eletrocutada e jovem é atingida por tronco
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.