Meio Ambiente

Inpe mostra aumento de 21% no desmatamento do Cerrado no 1º semestre

Dado foi apresentado ontem (6/7) em evento no Ministério do Meio Ambiente e compara o 1º semestre de 2023 ao do ano passado

Henrique Fregonasse*
postado em 07/07/2023 17:39 / atualizado em 07/07/2023 17:39
 (crédito: Henrique Fregonasse)
(crédito: Henrique Fregonasse)

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou, na tarde desta quinta-feira (6/7), os dados do Deter coletados sobre o desmatamento no Cerrado, que mostram que, em relação ao mesmo período de 2022, os meses de janeiro a junho de 2023 apresentaram aumento acumulado de 21%. A informação foi apresentada durante evento sediado no auditório do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com a presença da ministra Marina Silva.

Ao apresentar os dados, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, explicou que o mês de junho, por si só, mostrou queda de 14,6% no desmatamento em relação a junho de 2022, o que não foi suficiente para segurar a taxa do semestre. Segundo ele, a curva do desmatamento no Cerrado vem, há algum tempo, em elevada tendência de aumento.

Capobianco alegou que ainda não é possível identificar uma interrupção nessa curva de crescimento, mas que, apesar de longe do ideal, o resultado do semestre mostra um início de declínio desse aumento.

Os dados do Deter/Inpe mostram que 81% do desmatamento no Cerrado ocorre na região da “MATOPIBA”, sendo 28% no estado da Bahia, 23% no Maranhão, 18% no Tocantins e 12% no Piauí.

Durante a apresentação, o Secretário Extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, André Lima, mostrou que 76% da área de desmatamento no Cerrado equivale a territórios sob registro do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que requer atuação focada do MMA, junto ao Ibama, ICMBio e em parceria com os estados.

*Estagiário sob supervisão de Thays Martins

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