Uma ação do Ministério do Trabalho e Emprego conseguiu resgatar 14 trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma fazenda no município de Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas.
De acordo com o Ministério, os trabalhadores são da Bahia e chegaram na fazenda há cerca de um mês para trabalhar na colheita do café. Contudo, no local, haviam diversas irregularidades.
"A casa contava com apenas um banheiro. O alojamento apresentava superlotação e nenhuma estrutura para garantir privacidade dos alojados, já que não tinha portas separando os cômodos. Não havia armários e os colchões e roupas de camas estavam em péssimas condições", informou o Ministério, ressaltando que a ação foi no final de junho, mas divulgada para a imprensa apenas nesta quarta-feira (5/7).
Segundo a operação, quatro crianças e adolescentes, filhos dos trabalhadores, também foram resgatados. Eles não trabalhavam, iam para a escola, mas viviam no mesmo espaço que os trabalhadores. Ao todo, 18 pessoas dividiam uma casa com apenas três quartos.
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Na residência não havia sanitários ou locais para refeição. Além disso, os trabalhadores tiveram que comprar os equipamentos de segurança, que não foram dados pelo empregador.
Diante desse cenário, o fazendeiro foi obrigado a pagar uma indenização de R$ 123 mil para os trabalhadores, além de dividi-los em quatro casas. As vítimas também vão receber três parcelas de seguro-desemprego no valor de um salário mínimo, que é R$ 1.320,00.
Os trabalhadores vão decidir se voltam para a Bahia ou se permanecem em Minas.
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