O coach e influenciador digital Pablo Marçal foi alvo de uma operação da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (5/7), por suspeita de cometer crimes eleitorais e lavagem de dinheiro durante o pleito de 2022. A força-tarefa cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Barueri e Santana de Parnaíba, no estado de São Paulo.
Marçal foi pré-candidato à Presidência da República no ano passado, pelo PROS, e candidato a deputado federal. De acordo com a PF, ele e o sócio fizeram doações milionárias às campanhas e, posteriormente, esse montante foi encaminhado às empresas que eles são os donos. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos investigados, assim como nas sedes dos empreendimentos.
A investigação, batizada de Operação Ciclo Fechado, apura os crimes de falsidade ideológica e apropriação indébita eleitoral, bem como lavagem de dinheiro durante as eleições do ano passado.
Após a operação, o influenciador disse que é alvo de "perseguição política". Para Marçal, a operação se deve ao apoio dele ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 — que foi derrotado nas urnas contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Claramente existe uma tentativa de silenciar as vozes daqueles que defendem a liberdade nessa nação. Coloco tudo a disposição e acredito que a Justiça eleitoral usará da firmeza da lei para cessar essa revolta instaurada sobre mim", escreveu ele, via redes sociais.
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Marçal se candidatou à presidência da república pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Primeiramente, indicou que iria disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas teve a candidatura à presidência anunciada pelo partido, que logo depois a retirou, contra a vontade do influencer. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), o coach teve as contas de campanha desaprovadas, além de ter tido a candidatura indeferida pelo órgão.
Controvérsias
Em janeiro do ano passado, Pablo Marçal chamou atenção ao fazer uma expedição motivacional ao Pico dos Marins. Na ocasião, os bombeiros foram acionados para resgatar 32 pessoas estavam em risco no trajeto. A subida, segundo os militares, é recomendada apenas em períodos de estiagem, de abril a agosto, com uso de equipamentos de segurança e um guia.
Os profissionais do resgate alegaram que o coach foi irresponsável e colocou as pessoas em risco a vida dos seguidores. O influenciador chegou a zombar da situação nas redes sociais, falando que “quem não quer correr risco fica em casa vendo storie”.
Em outro caso recente, o jovem Bruno da Silva Teixeira, 26 anos, morreu durante uma "maratona surpresa". Ele era funcionário de uma empresa que fazia parte do grupo de Pablo Marçal.
* Estagiária sob supervisão de Luana Patriolino
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