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Fiocruz alerta para 'presença significativa' da gripe H1N1 no país em junho

Índices que estavam elevados em maio se mantiveram em alta nas primeiras semanas de junho. Para as demais doenças, como covid-19, a tendência é de queda

Boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz mostra que os índices de infecção por Gripe A H1N1 continuam elevados no país. De acordo com o levantamento da entidade, a circulação do vírus, que já era alta em maio, continuou em larga escala nas primeiras semanas do mês de julho.

Segundo o Boletim Infogripe, neste ano, foram registrados mais de 90 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Dentro deste grupo, a covid-19 ainda é responsável por mais da metade de todas as infecções. No entanto, a infecção pelo vírus causador da covid-19 e o vírus sincicial respiratório, que atinge principalmente crianças, apresentam queda.

"A influenza A - majoritariamente H1N1 - registrou aumento ao longo do mês de maio e manteve presença significativa nas primeiras semanas de junho. Nas crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) segue como o principal vírus identificado, sendo responsável pelo cenário atual nesse público e continua apresentando aumento em alguns estados das regiões Norte e Nordeste", informa a entidade.

A influenza segue aumentando sua participação nas síndromes respiratórias graves no período analisado. "Enquanto o Sars-CoV-2 esteve presente em 80% dos casos de SRAG com identificação viral notificados na população a partir de 15 anos no mês de março, esse percentual caiu para 61% em abril e 50% em maio. Já o vírus influenza A, que havia sido identificado em 9% dos positivos em março, subiu para 22% em abril e 33% no mês de maio", completa o texto da Fiocruz.

Óbitos

Os dados da Fiocruz apontam que desde o começo deste ano, foram registradas 5.254 mortes por Srag. Do total, 2.958 (56,3%) dos óbitos apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 1.962 (37,3%) negativos, e ao menos 135 (2,6%) ainda estão aguardando resultado laboratorial.

Entre os positivos, 10,1% dos mortos estavam infectados com a Influenza A, 6,0% Influenza B, 7,5% vírus sincicial respiratório (VSR), e 73,7% SARS-CoV-2 (covid-19). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 24,7% Influenza A, 8,4% Influenza B, 9,3% vírus sincicial respiratório, e 51,6% Covid-19.

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