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'Disputa de narrativas' prejudicou confiança nas vacinas, diz ministro

Ministro da Saúde substituto, Swedenberger defendeu a importância de reforço à vacinação contra todas as doenças

O secretário-executivo e ministro da Saúde substituto, Swedenberger Barbosa, defendeu a necessidade de estimular a vacinação contra todas as doenças. Em entrevista ao CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília —, nesta sexta-feira (23/6), o ministro ressaltou a importância de se restabelecer a confiança nas instituições científicas e no Programa Nacional de Imunizações, prejudicados pelo que ele chamou de “disputa de narrativas” que questionam os benefícios das vacinas à saúde.

Swedenberger, que cumpre a função de ministro substituto durante viagem internacional da ministra Nísia Trindade, afirmou que os pais têm a responsabilidade de levar seus filhos para vacinar, e que não fazê-lo configura um “atentado contra a própria infância”. “Há pais que não levam as crianças, por exemplo, para vacinar contra a poliomielite, e isso é uma agressão à própria infância, que é desprotegida”, lamentou.

Segundo o ministro, a situação é fruto de uma “disputa de narrativas” falaciosas que questionam a eficácia das vacinas e alegam que elas podem gerar consequências negativas à saúde. Ele ressaltou que o Programa Nacional de Imunizações “já foi considerado o melhor do mundo", mas “sofreu abalos” nos últimos anos, em que essas narrativas geraram grande desconfiança nas vacinas. “Chegamos a ter mais de 90% de adesão à vacinação no país, (e atualmente) estamos com 62,63%”, lamentou.

Barbosa afirma que o objetivo do governo é reverter a queda e restabelecer a confiança no sistema de vacinação, convencendo a população da “necessidade imperiosa de se vacinar”. “Por isso que nós iniciamos o ano com o Movimento Nacional de Vacinação, e a pessoa que foi dar o exemplo foi o presidente Lula. Ele foi vacinado no início do ano, exatamente aqui em Brasília, no Centro de Saúde do Guará, para dar esse exemplo”, lembrou.

Para o ministro, a consequência do reforço dos movimentos de vacinação é a retomada da “cidadania em Saúde” e da confiança do órgão público responsável, o Ministério da Saúde.

Confira a íntegra do programa

*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori

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