Joel de Oliveira, de 62 anos, ficou cara a cara com o assassino que matou dois alunos do Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. O criminoso, de 21 anos, causou a morte de dois estudantes: Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, de 16 anos.
O prestador de serviços, que trabalhava ao lado da escola, contou ao G1 que ouviu os disparos e viu algumas pessoas correndo. Quando entrou no local, Joel deu de cara com o assassino.
"Eu escutei os tiros e me dirigi até o colégio. Chegando aqui no portão do Kolody, eu ouvi o tiro lá dentro, eu entrei ali e vi o que podia fazer pra salvar as crianças, porque tava todo mundo correndo, aí senti que tinha que fazer alguma coisa", contou.
- Menina morre em ataque a tiros em escola no Paraná; autor foi preso
- Morre segundo estudante baleado por atirador que invadiu escola no Paraná
Durante a entrevista, Joel disse que ao chegar na escola percebeu que não havia ninguém no portão. Ao entrar, ele avistou o assassino atirando contra uma vidraça. Ele afirma que se apresentou ao criminoso como policial.
"Falei: 'sou policial, para'. Aí consegui dominar ele lá, deitei ele no chão e segurei até a polícia chegar. Não tive medo, na hora eu vim tentar salvar mais crianças", disse. Joel também relatou que estava com o celular na mão e acha que o assassino pensou que fosse uma arma.
Tragédia
O ataque aconteceu na manhã da última segunda-feira (19/6). Karoline chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos. A jovem cursava o terceiro ano do Ensino Médio.
Luan também foi baleado no ataque. Ele chegou a ser atendido no Hospital Universitário de Londrina (HU), mas morreu por volta das 3h15 da madrugada desta terça (20). O colégio estadual Helena Kolody tem 41 turmas e cerca de 800 alunos.