A companhia de Jesus expulsou, na quinta-feira (15/6), o padre esloveno Marko Ivan Rupnik, conhecido por ser o autor de mosaicos do Santuário Nacional de Aparecida do Norte, em São Paulo. A expulsão da ordem dos jesuítas ocorreu após uma série de acusações de abuso sexual feitas contra Marko.
Em carta assinada pelo conselheiro-geral da Companhia de Jesus, Johan Verschueren, a expulsão do padre é atribuída à "recusa obstinada em observar o voto de obediência". O padre tem 30 dias para recorrer da decisão. Após esse período, a expulsão se tornará definitiva.
Em fevereiro deste ano, a ordem dos jesuítas, em Roma, proibiu o padre de realizar atividades artísticas públicas após as acusações, que abrangem o período em que esteve responsável por uma comunidade na Eslovênia e depois por um centro artístico na capital italiana.
Marko tem 68 anos, é teólogo e artista de mosaicos reconhecidos mundialmente. As acusações de "abuso espiritual, psicológico e sexual" contra mulheres adultas, incluindo freiras, remontam aos anos de 1980 e 2018.
"Informamos com tristeza que, em 9 de junho de 2023, o padre superior geral demitiu o padre Marko Ivan Rupnik da Companhia de Jesus (...) conforme o direito canônico, devido à sua obstinada recusa em observar o voto de obediência", anunciou a ordem, em comunicado.
O Correio tenta contato com a defesa de Marko Ivan Rupnik para ouvir a versão do padre sobre as acusações, mas não encontrou nenhum representante legal. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.
Com informações da Agence France-Presse*