A Defesa Civil do Rio Grande do Sul (RS) atualizou para 11 o número de mortos vitimados pela passagem de um ciclone extratropical pelo litoral do estado. Pelo menos 20 pessoas ainda estão desaparecidas. Quatro mortes foram confirmadas na tarde deste sábado (17/6), sendo duas em Maquiné, uma em São Sebastião do Caí e uma em Esteio.
Uma dessas mortes é a de um bebê de apenas quatro meses, que teria ficado ilhado em São Sebastião do Caí. Em Bom Princípio, a vítima foi um idoso de 73 anos, cujo carro despencou no Rio Caí. Em Caraá, a vítima ainda não foi identificada. No total, há 40 municípios atingidos, com registro de 2.330 desabrigados e 602 desalojados.
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O ciclone provocou chuva ininterrupta e diversos estragos desde a noite de quinta (15), sobretudo na região leste, que abrange o litoral, parte da serra gaúcha, a região dos vales e a região metropolitana de Porto Alegre. Em alguns municípios, a quantidade de chuva ultrapassou quase duas vezes o previsto para o mês.
O governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), disse que a prioridade é encontrar os desaparecidos e salvar pessoas que possam ainda estar ilhadas por causa das inundações. “Estamos dedicados ao resgate dessas pessoas e ao atendimento humanitário a todas as vítimas dessa tragédia”, declarou.
Visita de ministros
Ao lado do governador, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, sobrevoaram, na manhã de hoje, a região atingida. Em coletiva de imprensa, em São Leopoldo, durante a tarde, eles anunciaram ajuda ao estado.
Segundo os ministros, a princípio a ajuda será para buscar os desaparecidos e depois para reparar os danos materiais. Pimenta afirmou que os recursos da União para que o estado trabalhe na reconstrução das áreas atingidas pelas chuvas vão ser liberados na medida em que os planos de trabalho forem apresentados pelos governos locais e, por isso, não especificou valores.