A Controladoria-Geral da União (CGU) publicou, nesta quinta-feira (15/6), no Diário Oficial da União a decisão que declara a inidoneidade da construtora Egesa Engenharia S/A. A decisão deixa a empresa proibida de participar de licitações ou concorrências públicas por ao menos dois anos, depois de responsabilizada por fraudes em licitações envolvendo a construção das ferrovias Norte-Sul e de Integração Oeste-Leste realizadas pela extinta empresa pública Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.
Segundo a decisão da CGU, a Egesa fez acertos ilícitos com as outras empresas participantes das concorrências para combinar os resultados. Também foi constatado o pagamento de propinas para o então dirigente da Estatal, segundo a apuração realizada pela CGU com base no acordo de leniência das empresas envolvidas.
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A empresa realizou o pagamento de R$ 122 mil em propinas a agentes públicos, o que originará a responsabilização dos agentes por ação que deve ser ajuizada pela Advocacia-Geral da União, em busca da recuperação dessas quantias. Além disso, a empresa deve realizar o ressarcimento de todos os prejuízos causados aos cofres públicos.
O Correio tentou contato com a empresa com sede em Belo Horizonte, mas até o fechamento da reportagem os números indicados como da empresa não foram atendidos.