O líder da Igreja Batista da Lagoinha, pastor André Valadão, continua a causar polêmica nas redes sociais ao publicar uma série de fotos e vídeos contra o mês do orgulho. Apenas nesta quarta-feira (14/6), foram quatro posts com conteúdos transfóbicos e homofóbicos. Ao todo, já são 28 postagens que abordam de maneira negativa a sexualidade de terceiros. O evangélico também levantou a hashtag #NoPride #OrgulhoNão e mostrou que também tem proferido sermões, na igreja em que lidera, com os mesmos assuntos.
A primeira postagem de André Valadão foi feita no início de junho, no dia 4, quando ele compartilhou uma imagem onde dizia: "Deus odeia o orgulho". A publicação gerou revolta nos comentários, recebendo críticas dos internautas e de pessoas famosas.
- Pastor usava reuniões de célula para chantagear e abusar de menores
- André Valadão volta atrás e diz que pastor preso por estupros era líder na igreja
- Pastor André Valadão condena comunidade LGBTQIAP+: "Deus odeia o orgulho"
A foto foi tirada em um culto, que ocorreu no mesmo dia da publicação, na Igreja Lagoinha em Orlando, onde ele condenou a palavra "orgulho". No palco da igreja, o líder religioso falou, durante 50 minutos, sobre o movimento LGBTQIAP+ e, atrás dele, a frase ditou o tom do discurso.
Sem usar as palavras “gay”, “lésbica” ou “LGBT”, durante maior parte do culto, Valadão falou sobre o mês de junho — um mês de luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAP+, também chamado de Mês do Orgulho.
Processos
O movimento feito por André Valadão não passou despercebido por políticos e militantes LGBTQIAP+. A deputada federal Erika Hilton (PSol/SP) acionou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) no mesmo dia em que a primeira postagem do pastor viralizou nas redes sociais. Na representação, Erika ressalta que o fato de Valadão ter escolhido o mês de junho para fazer um culto em que ataca o orgulho, demonstra que a intenção do pastor “era utilizar uma data importante à comunidade LGBTQIA+ para se projetar a partir de um discurso criminoso, que ofende e vulnerabiliza ainda mais as minorias sexuais e de gênero no país, em expresso desprezo à população LGBTI+”.
Até esta quarta-feira (14/6), não há atualização sobre a ação.