Mais de 200 mil litros de sucos, néctares, vinagre, vinho, aguardente, cachaça e água de coco adulteradas foram apreendidos em uma operação de fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Segundo informou a pasta, nesta quarta-feira (7/6), foram fechadas três fábricas na ação. As marcas e locais da operação não foram divulgados.
A operação ocorreu em atendimento ao Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal e, durante as inspeções, os auditores encontraram irregularidades, como a adição de açúcar não autorizada ou acima dos limites legais; diluição com água em excesso; uso de corantes e adoçantes para mascarar o produto ao consumidor; propaganda irregular; transporte de bebidas em condições inadequadas e irregulares; e condições de produção inadequadas.
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“As irregularidades encontradas visam aumentar os lucros das fábricas, mas colocam em risco a saúde dos consumidores e prejudicam a imagem do setor”, explica o auditor fiscal federal agropecuário Celso Franchini.
Ao todo, foram apreendidos 65 mil litros de água de coco; 64 mil litros de vinagre balsâmico; 64,8 mil litros de refrigerante de fruta; 20,6 mil quilos de suco concentrado; 10,1 mil quilos de suco desidratado, preparador sólido, extrato e aromas de sabores de diversas frutas; 4,5 mil litros de aguardente de cana; e 2,6 mil litros de vinho tinto, com indícios de adulteração e fora dos requisitos de identidade e qualidade para os produtos.
De acordo com o Mapa, serão adotadas medidas legais cabíveis contra as empresas envolvidas na operação, que podem ser penalizadas com multas, interdição das instalações, cassação do registro de produtos e estabelecimentos e até processos criminais contra as empresas e seus Responsáveis Técnicos, dependendo da gravidade das infrações constatadas.
"A adulteração de bebidas é uma prática fraudulenta que traz prejuízos a toda cadeia agropecuária, uma vez que reduz a demanda de produtos agropecuários de qualidade para a indústria, diminuindo a qualidade dos produtos comercializados e trazendo riscos à saúde do consumidor. O Mapa está intensificando a atuação para coibir atividades ilegais que prejudicam os consumidores e afetam a reputação dos produtos brasileiros”, ressalta o auditor.