SÃO PAULO

Irmão de jovem morto critica Pablo Marçal: "Marketing com a desgraça"

Bruno da Silva Teixeira morreu durante uma maratona surpresa organizada pelo grupo do coach. Pablo Marçal afirmou que escreveu o nome de Bruno no seu "melhor tênis"

Correio Braziliense
postado em 29/06/2023 11:44 / atualizado em 29/06/2023 11:46
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press e Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press e Reprodução/Redes Sociais)

Luciano Teixeira, irmão de Bruno da Silva Teixeira — que morreu durante uma maratona surpresa organizada pelo grupo do coach Pablo Marçal —, criticou a atitude do empresário de escrever o nome de Bruno no seu "melhor tênis". Para Luciano, essa ação é "marketing com a desgraça". Em live no Instagram, Marçal negou envolvimento na morte e disse que Bruno "escolheu isso".

Ao jornal O Globo, Luciano repudiou a postura do coach. "Tentando fazer marketing em cima da desgraça da minha família de perder meu irmão caçula, sem noção nenhuma. Eu não acredito que ele não saiba o que se passa dentro da plataforma dele", disse.

Bruno prestava serviços para uma empresa do grupo de Marçal e estava preparado para fazer uma maratona de 21km. No entanto, a distância da corrida dobrou para 42km pouco tempo antes do início da atividade. Bruno passou mal no meio do percurso e foi levado ao hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele teve uma parada cardíaca e morreu.

"Ele escolheu isso, ele não corria com a gente, é um cara amado aqui por todo mundo, mas eu entendo vocês. Ele tá melhor que vocês que estão conversando fiado, entendeu? Para de ser acusador, isso é um hábito de gente miserável, gente vítima. Se pudesse, gastaria milhões para esse cara não morrer", afirmou Pablo Marçal. O coach alega ainda que está sofrendo perseguição. Enquanto isso, a família de Bruno, que cobra uma apuração das autoridades, espera que quem sugeriu a "maratona surpresa" seja descoberto.

O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo como "morte suspeita". "Ele (Pablo Marçal) tá tentando se proteger e ficar de fora. Está nítido que ele sabe o que acontece dentro do complexo dele tanto que se manifestou dando entrevista. Nós confirmamos o registro de ocorrência, e o delegado disse que vai começar a ouvir os envolvidos", ressaltou o irmão de Bruno.

 

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