Uma água-viva gigante, da espécie tamoya haplonema, foi flagrada em Porto Belo, litoral Norte de Santa Catarina ,na última quarta-feira (7/6). O pescador João André Baltazar filmou o animal marinho enquanto pescava algumas tainhas com o irmão.
- Cientistas apostam em "água-viva robô" para coletar lixo do oceano
- Cientistas encontram pistas sobre genética da "água-viva imortal"
O registro do ser marinho chamou a atenção pelo tamanho incomum e pelas cores, além da água-viva estar rodeada por alguns "peixinhos". As imagens rapidamente se espalharam pelas redes sociais e despertou a curiosidade de alguns internautas.
Baltazar relata que havia encontrado outra água-viva momentos antes da filmagem enquanto pescava e devolveu ao mar, "Eu peguei ela com a mão e devolvi ela para o mar e fomos navegar e encontrei com outra (água-viva) que me surpreendeu com um monte de peixinhos ao redor, e ai eu fiz a filmagem", conta.
Conforme o oceanógrafo da Univali, Charrid Resgalla Júnior, a espécie da água-viva, a tamoya haplonema, é considerada muito perigosa e de rara aparição nas águas brasileira, além de ser venenosa. A toxina da espécie é forte para quem entra em contato, podendo causar marcas na pele, dor, náuseas e vômitos.
Veja a filmagem:
Especialista explica os riscos de contato com águas-vivas
No Brasil, segundo Delton Francelino, professor, doutor e coordenador do Centro de Estudos em Ecologia Urbana do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia, do Campus Barbacena, em Minas Gerais, nem todas as espécies de águas-vivas, também chamadas de “ caravelas” e “mães d´água”, são venenosas/peçonhentas.
O professor explica que é comum que, ao entrar em contato com o animal, possa haver algumas queimaduras, em decorrência da liberação destas toxinas do animal.
Várias espécies naturalmente têm o habitat no litoral e em regiões próximas de praias, Francelino explica que se deve entender sobre esse comportamento: "O que nos cabe é entender as épocas do ano em que há maior intensidade de presença desses seres vivos em certas regiões do litoral brasileiro (como no verão, período no qual há maior presença também de pessoas nas praias) e, então, sensibilizar e informar banhistas sobre os riscos ou, em alguns casos, até proibir o contato com a água neste período".
Em caso de “queimadura”, o mais importante é procurar imediatamente a ajuda médica, fundamental para o tratamento e possibilidade de diminuir os efeitos do contato com as toxinas desses seres vivos.
Saiba Mais
- Brasil Santo Antônio: o frade português que se tornou o santo mais popular do Brasil
- Brasil 13 de junho de 2013: a noite que durou 10 anos
- Brasil PF, Receita e CGU miram fraude em fornecimento de leite em Pernambuco
- Brasil El Niño mais forte pode aumentar preço de alimentos, deslizamentos e doenças
- Brasil Febre maculosa: 75% de pacientes não sobrevivem em SP
- Brasil Homem desloca o braço ao levar 'surra de bunda' de dançarina em show
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.