Religiosidade

Tapetes de sal se desenrolam pelo país no Corpus Christi

Tradição trazida de Portugal, ainda nos tempos da colonização, é uma das marcas da celebração. São Gonçalo, no Grande Rio, apresenta a maior obra, com aproximadamente 2km de extensão

Isabel Dourado*
postado em 09/06/2023 03:55
 (crédito: Douglas Magno/AFP)
(crédito: Douglas Magno/AFP)

Os tradicionais tapetes coloridos de sal, confeccionados por fiéis em celebração ao dia de Corpus Christi, se espalharam, nesta quinta-feira, pelo país. São Gonçalo, na região Metropolitana do Rio de Janeiro, exibiu o maior da América Latina, com cerca de 2km de extensão. Mais de 6 mil voluntários montaram o tapete, que demandou 50 toneladas de sal, borra de café, pedrarias, tintas e serragem.

Houve outros festejos pela data no Rio de Janeiro. Na Basílica de São Sebastião, na Tijuca, zona norte da cidade, um grupo de artesanato confeccionou um dos tapetes da tradicional Igreja dos Capuchinhos. No centro, fiéis e voluntários participam das festividades na Igreja de Santana e na Catedral de São Sebastião, onde às 17h foi celebrada a missa pelo Corpus Christi e apresentado, pelo quarto ano seguido, um tapete inter-religioso feito por membros de mais de 20 religiões diferentes — para celebrar princípios como liberdade e respeito à diversidade.

A montagem mobiliza fiéis, turistas e moradores sobretudo em Minas Gerais, onde as cidades nas quais o Barroco brasileiro tem forte presença — como Ouro Preto, Sabará, Mariana, Tiradentes e São João Del Rei — exibem a arte dos tapetes de sal e serragem. Por Ouro Preto, a prefeitura calculou que aproximadamente 25 mil pessoas passaram pelas suas ruas para celebrar o Corpus Christi. No caso de Mariana, a estimativa foi de 10 mil.

Em Santa Catarina, os tapetes alegraram o dia dos fieis em Florianópolis, Joinville e Blumenau. Em Curitiba, por quase 2km, foram montados mais de 100 tapetes, confeccionados por paróquias, congregações e movimentos que compõem a arquidiocese da capital paranaense.

Os tapetes coloridos tiveram origem em Portugal e foram trazidos para o Brasil durante a colonização.

*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi


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