A Polícia Militar de São Paulo afastou os policiais que foram filmados carregando um homem negro com os pés e as mãos amarrados por cordas. Ele havia sido preso em flagrante por furto em um supermercado. A corporação lamentou o episódio e afirmou que a conduta dos agentes "não é compatível com o treinamento e valores da instituição". Um inquérito foi instaurado para apurar o ocorrido.
As imagens da conduta dos policiais foram divulgadas pelo padre Júlio Lancellotti, em seu perfil no Instagram, e pelo sociólogo Paulo Escobar. No registro é possível ver o momento em que dois agentes seguram o homem pela camisa e pela corda usada para amarrar os pés.
Em seguida, o homem é jogado em uma maca e colocado dentro da viatura. Ao ser carregado, ele emite sons de gemidos de dor e, ao ser colocado no porta-malas da viatura, pede calma e diz que “está colaborando”. Mesmo com os gritos, o homem foi empurrado da maca para dentro do porta-malas da viatura.
"Todos foram preventivamente afastados das atividades operacionais, vez que as ações estão em desacordo com os procedimentos operacionais padrão da instituição. Os procedimentos adotados na abordagem serão analisados, inclusive as imagens registradas pelas Câmeras Operacionais Portáteis (COPs) usadas pelos policiais", informou a Polícia Militar de São Paulo, em nota.
Confira a nota da PM na íntegra:
A Polícia Militar lamenta o episódio e reafirma que a conduta assistida não é compatível com o treinamento e valores da instituição. Por isso, foi instaurado um inquérito para apurar todas as circunstâncias relativas às ações dos policiais envolvidos no episódio. Todos foram preventivamente afastados das atividades operacionais, vez que as ações estão em desacordo com os procedimentos operacionais padrão da instituição.
Os procedimentos adotados na abordagem serão analisados, inclusive as imagens registradas pelas Câmeras Operacionais Portáteis (COPs) usadas pelos policiais.
O homem havia sido preso em flagrante por furto em um supermercado da Vila Mariana junto a outras duas pessoas, sendo um menor. O caso foi registrado no 27ºDP.
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