Um ano depois da jovem Tayane Caldas, de 19 anos, ter o rosto tatuado com o nome do ex-namorado durante um sequestro, ela segue fazendo sessões de laser para tentar remover as marcas do crime.
O caso ocorreu em maio de 2022 em Taubaté (SP), onde a jovem mora, quando o ex-namorado Gabriel Henrique Alves Coelho a sequestrou e a manteve em cárcere privado. Durante o sequestro, ele tatuou o nome no rosto de Tayane.
Depois do caso, a jovem passou a fazer sessões de laser para remover a tatuagem em uma clínica de estética que se solidarizou e cedeu o serviço gratuitamente. Como o processo é lento, ela ainda precisa usar maquiagem reforçada, com camadas extras de corretivo e base, para esconder as marcas do crime.
Ao Portal G1, a jovem contou que já fez seis sessões de remoção, mas ainda tem marcas da tatuagem. Nos meses de tratamento e tentando curar o trauma, Tayane disse que os apoios da família e de pessoas na internet foram essenciais. “Na internet, muitas pessoas me apoiaram, graças a Deus. Minha família também foi bem incrível. Eles me apoiaram em todo momento, quando saia na rua sempre tinha alguém me acompanhando, não me deixavam me sentir sozinha. Minha família foi essencial para mim”, afirmou.
Mesmo com o apoio, ela diz que a vida ainda não voltou 100% ao normal. “Dá medo de conhecer outras pessoas, até falava pra minha terapeuta. O que eu queria era poder voltar no tempo, poder me abraçar e dizer ‘você consegue, você é forte’. Eu pensava que não tinha força. A gente só precisa de um empurrão e coragem.”
Relembre o caso
O crime ocorreu no dia 21 de maio em Taubaté (SP) e foi denunciado inicialmente pela mãe da jovem, que registrou ocorrência depois que Tayane ficou desaparecida.
Após a Polícia Civil investigar o caso, o inquérito apontou que Gabriel cometeu os crimes de lesão corporal gravíssima por ter tatuado Tayane Caldas e de descumprimento de medida protetiva – motivo pelo qual foi preso inicialmente.
Na época Gabriel alegou que a tatuagem foi feita com o consentimento da jovem e tentou revogar a prisão preventiva, mas em julho teve o pedido negado pela Justiça. Em outubro, a Justiça condenou Gabriel Henrique Alves Coelho a cinco anos e três meses de prisão em regime fechado.