Após o caso de agressão em um estacionamento do Big Bompreço, uma das afiliadas do Carrefour, em Salvador, a rede de supermercados anunciou a adoção de uma série de medidas em combate ao racismo.
No início de maio, um casal negro foi agredido após supostamente furtar sacos de leite em pó para dar para a filha. Os dois foram filmados encostados em uma parede sendo questionados pelo ato por mais de um homem. O Carrefour, no entanto, não confirmou se os autores fazem parte da segurança do estabelecimento.
Com o objetivo de prevenir casos de violência, discriminação e racismo, a empresa alega que passará a exigir o uso de câmeras corporais por todos os agentes de segurança que atuam nas áreas externas de suas lojas.
- Casal que teria furtado leite para filha é agredido em mercado na Bahia
- Mulher filma ofensas racistas em Salvador: "Odeio preto, não suporto"
Conforme divulgado pela assessoria de imprensa do Carrefour, o uso das câmeras será expandido tanto para os fiscais das demais bandeiras da rede, como para os seguranças terceirizados de áreas externas. O grupo afirma que a medida estará totalmente implementada até o final do ano.
Também será ofertado o treinamento por meio do programa "Eu pratico respeito", destinado aos profissionais internos e terceirizados, com a previsão de conclusão para até o fim do mês de maio.
Mudança na diretoria
O Carrefour realizou ainda uma reestruturação na diretoria da empresa em diferentes áreas, com novos nomes em posições de liderança. De acordo com a rede de supermercados, o objetivo é aumentar a representatividade de profissionais negros.