A Polícia Civil de São Paulo indiciou, nesta quinta-feira (11/5), o motorista de aplicativo Christopher Gonçalves Rodrigues, 26 anos, por ter atropelado, matado e debochado da situação nas redes sociais. O acusado foi indiciado pelos crimes de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, omissão de socorro e incitação ao crime. No entanto, ele segue em liberdade.
Christopher atropelou um suspeito de furto de celular, em 1 de maio, no Viaduto Júlio de Mesquita Filho, no bairro Bela Vista, em São Paulo. Nas redes sociais, o motorista de aplicativo publicou fotos e vídeos debochando da morte do homem. Em um dos registros, o autor chegou a se gabar do atropelamento: “Um a menos, mandei ir conhecer o tio Lúcifer”. “Menos um fazendo L”, disse, em referência ao símbolo usado pelos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante as eleições de 2022.
A vítima foi identificada como Matheus Campos Silva, de 21 anos. Ele morava com a mãe e trabalhava como vendedor ambulante. No dia do atropelamento, foi apontado como autor de um furto, em que teria pegado o celular dentro do carro de outro motorista de app.
O motorista que teve o celular furtado disse à polícia que não identificou o autor, já que o intervalo entre o furto e o atropelamento foi muito curto, de três a cinco segundos, e, por isso, não teria conseguido reconhecer o suspeito. Apesar disso, o celular foi encontrado ao lado do corpo de Matheus.
À polícia, Christopher alegou que o atropelamento foi acidental, já que estava na quarta faixa e não conseguiu parar a tempo antes de atingir a vítima. Em depoimento ele afirmou se arrepender do atropelamento e das publicações. O indiciado está em liberdade e, até o momento, não há pedido de prisão contra ele.