Em vídeo publicado nas redes sociais, o governador de Santa Catarina, Jorginho de Mello (PL), afirmou que Nicolas Areias Gaspar, de 2 anos, encontrado em São Paulo após desaparecer em Florianópolis, voltaria para casa ainda ontem. Porém, o secretário de Segurança Pública de SC relatou, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (9/5) que a data da volta ainda não é certa.
Procurada pelo Correio, a pasta de Segurança catarinense disse nesta quarta (10) ter enviado representantes a São Paulo no começo da tarde de hoje. A equipe também é formada pela Polícia Civil e Polícia Militar do estado, e conta com um psicólogo policial. A intenção é ficar à disposição do Poder Judiciário paulista para trabalhar em conjunto nos desdobramentos do caso.
A criança foi dada como desaparecida no dia 30 de abril em Santa Catarina. A polícia passou a investigar o caso depois que os tios maternos e a avó registraram a ocorrência, na última quinta-feira (4). Nicolas foi encontrado em Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, nessa segunda-feira (8), após uma abordagem policial, dentro de um carro com duas pessoas. Roberta Porfírio, 41 anos, e Marcelo Valverde, 52 anos, foram presos em flagrante por tráfico de pessoas e, após audiência de custódia, ontem, estão sob prisão preventiva.
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Jurisdição
O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, Paulo Cezar de Oliveira, disse ontem que, apesar da grande preocupação demonstrada pelo governador, a volta da criança depende de São Paulo, por questão de jurisdição. Contudo, reforçou que os dois estados trabalham juntos para que o retorno de Nicolas para a família, em São José (SC), ocorra o mais rápido possível.
A mãe do bebê foi convencida a doá-lo, afirmou também ontem a delegada Sandra Mara, responsável pela investigação. De acordo com ela, “a mãe tem uma fragilidade emocional muito grande”. “Ela foi convencida por conta dessa fragilidade dela. Ela é muito jovem, ficou grávida com 19, 20 anos”, declarou.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro