Um dos garimpeiros mortos em conflito com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), na terra indígena Yanomami, em Roraima, era chefe de facção no território indígena. De acordo com reportagem do G1 e da Rede Amazônica, Sandro Moraes de Carvalho, 29 anos, operava em uma organização criminosa de São Paulo.
Ele era conhecido na região como “o Presidente” e também estava foragido da Justiça do Amapá, por roubo qualificado. O caso dele é um dos vários que são conhecidos como “garimpeiros faccionados” - como são chamados na região pessoas recrutadas para realizar outra atividade criminosa ligada ao tráfico.
Os agentes encontraram armamento pesado em poder do grupo, entre fuzil, pistolas e espingardas, além de 38 munições e duas miras holográficas. Os criminosos tinham em sua posse maquinários para extração de ouro e cassiterita e para realização de outras atividades ilegais.
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O ataque a três indígenas, um deles morto, na comunidade Uxiu fez com que os agentes da operação Ouro Mil fossem até a localidade para encontrar os criminosos. Ao chegarem, foram recebidos com tiros para tentar repelir as atividades de combate ao garimpo ilegal. O grupo é conhecido pelos atos violentos que praticam na região
"Houve confronto na ação de domingo e quatro garimpeiros morreram, entre eles um foragido da Justiça no Estado do Amapá. Agentes federais apreenderam onze armas com criminosos", informou o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Esse é o quarto ataque de garimpeiros a agentes que teve o mesmo objetivo. No balanço de três meses da operação dentro da TI Yanomami, os agentes destruíram 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, 2 helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. Até o momento, foram apreendidas também 36 toneladas de cassiterita, 26 mil litros de combustível e outros equipamentos usados por criminosos.