Dos quase 80 milhões de doses contra a gripe, menos de 40 milhões foram utilizados até a tarde desta quinta-feira (31/5), data final da campanha de vacinação. Com baixa adesão e meta inicial de imunizar 90% da população, o Ministério da Saúde pede aos estados e municípios a extensão dos calendários enquanto houver estoques das vacinas.
“Quero conclamar a união de todos pelo nosso Movimento Nacional pela Vacinação, um movimento do Ministério da Saúde, dos estados, dos municípios e de toda a sociedade civil. A ciência voltou e precisamos retomar a confiança da população nas vacinas. Essa é uma missão de todos nós”, afirmou a ministra Nísia Trindade.
A campanha teve início em abril, quando somente idosos, povos indígenas, gestantes e demais grupos prioritários podiam receber a imunização. Após um mês, a ação foi estendida para toda a população.
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A vacina, atualizada todos os anos, assegura menos complicações na população de risco. As reações tendem a ser leves e geralmente passam em 48 horas.
Júlival Ribeiro, coordenador do núcleo de infecção hospitalar do Hospital de Base e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, destacou o reconhecimento que o Brasil já teve como um dos países onde havia maior procura para a vacinação. Para ele, o aumento de fake news durante a pandemia da covid-19 foram responsáveis por diminuir a confiança da população nas vacinas.
O infectologista reforçou que a vacina contra a gripe é altamente segura e a melhor maneira de evitar a doença. “A infecção por influenza aumenta maior risco de ataque cardíaco, maior risco de acidente vascular cerebral, maior risco de hospitalização devido a uma pneumonia. É uma doença que pode levar a casos graves, sobretudo em idosos e pessoas de risco. Portanto, a melhor maneira de se prevenir da própria influenza ou das suas complicações é fazendo uso da vacina.”
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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