O plantio de tabaco no Brasil cresceu ao ponto de abranger uma área três vezes igual ao estado do Rio de Janeiro. Um dia antes da data reconhecida mundialmente como de combate ao tabagismo, 31 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca, em campanha, que o Brasil se posiciona entre os maiores exportadores de tabaco no mundo. A informação foi divulgada nesta terça-feira (30/5), pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT).
No contexto brasileiro, o diretor executivo da Fundação do Câncer e médico, Luiz Augusto Maltoni, alerta sobre a melhor utilidade dos 350 mil hectares de terra que é utilizado para o cultivo de folhas de fumo. “Se substituirmos o cultivo de tabaco por outras culturas, em especial as culturas alimentares, estaremos contribuindo para a minimizar a produção de um produto tão prejudicial para a saúde", ressaltou.
- Saiba os riscos que correm os usuários de cigarros eletrônicos
- Cigarro eletrônico causa mais doenças que o cigarro tradicional
A saúde e o fugo
O fumo é a causa de morte de oito milhões de pessoas por ano e causa problemas ambientais, pois acaba com 600 milhões de árvores, 22 bilhões de toneladas de água e coloca 84 milhões de toneladas de gás carbônico no ar, segundo a OMS.
A campanha contra o tabaco deste ano chama a atenção para um outro problema: o aumento do consumo de "vapers" ou cigarros eletrônicos. O objeto tem sido usado como uma tentativa de diminuir o tabagismo nas pessoas, porém tem ocasionado outros danos, inclusive prejuízos mais sérios à saúde.
Dados da InCor/Universidade de São Paulo (USP) evidenciam que o uso contínuo do cigarro eletrônico faz crescer em 42% a chance de infarto e em 50% o risco de asma e pneumonia, além de elevar o risco de câncer. No Brasil, o Ministério da Saúde informa que 20% dos jovens são consumidores do produto.
Maltoni afirma que os países devem ter regras mais rígidas em relação ao comércio ilegal de vapers. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) aponta que oito países proibiram a comercialização de cigarros eletrônicos e quatro impediram a venda de produtos de tabaco aquecido, mas 14 nações não possuem regulamentação sobre o tema.
“É preciso rigor contra a explosão do vape entre os adolescentes, ampliando a fiscalização e combatendo o comércio ilegal destes dispositivos, que são facilmente encontrados na internet e em outros pontos de venda”, reforça.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.