A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) prendeu, na quarta-feira (24/5), a mulher suspeita de enviar os bombons envenenados que mataram Lindaci Viegas Batista de Carvalho, no último sábado (20/5). A suspeita é Suzane Martins da Silva, apontada pela polícia como namorada do ex-companheiro de Lindalci. O caso ocorreu na Vila Isabel.
Suzane teria enviado os bombons de maneira anônima, por um motoboy. Ele entregou o embrulho junto a um buquê de flores, um combo que se passou como um presente para celebrar o aniversário da vítima — ela completou 54 anos naquele dia. A mulher passou mal após consumir os doces, foi até o hospital, mas não resistiu ao envenenamento.
De acordo com a corporação, Suzane decidiu assassinar Lindalci após desconfiar que ela estava envolvida com o companheiro dela novamente. A vítima e o homem tiveram um relacionamento no passado, antes dele conhecer Suzane.
A polícia chegou até Suzane após identificar o motoboy responsável pela entrega dos doces e ouvir o depoimento dele. Ele foi contratado por um homem, identificado como filho da suspeita, que pagou R$ 90 reais pela entrega. Quando estava a caminho da casa de Lindalci, foi orientado a falar para a vítima que o buquê e os bombons eram um “presente” de aniversário.
Suzane foi presa em flagrante pela polícia ao ser encontrada no local em que entregou os doces para o motoboy. Ela procurava o profissional para eliminar provas contra ela ao propor a troca do celular dele por outro e assim evitar que a polícia encontrasse a conversa dos dois. Ao ser informada da descoberta, Suzane passou mal na delegacia.
Motivo fútil
A mulher, que não tem antecedente criminal, é suspeita de homicídio duplamente qualificado por envenenamento e motivo fútil. A polícia fará uma investigação para descobrir se o filho, que contratou o motoboy, sabia a intenção da mãe. Se ele tiver participação no crime, poderá responder judicialmente junto à mãe.
Uma pistola 9mm e um frasco de veneno foram encontrados na casa da suspeita. A substância tóxica será investigada pela polícia para determinar se é a mesma utilizada nos bombons envenenados.
O Correio entrou em contato com o escritório da advogada de Suzane, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestação.
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