O Brasil continua com alto número de internações de crianças devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com aumento de ocorrências em 13 das 27 unidades da Federação. No quadro etário geral já foram notificados, no ano epidemiológico de 2023, quase 60 mil casos da doença.
Segundo o Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), há sinal moderado de crescimento da SRAG para todas as idades, em 19 das 27 UFs, na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) e de curto prazo (últimas 3 semanas). Entre as crianças pequenas, permanece o predomínio de casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o que mantém o número de novas internações em patamares elevados.
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“Nas crianças, o aumento está associado ao vírus sincicial respiratório, fundamentalmente, enquanto o aumento no restante da população é devido majoritariamente à covid-19. No entanto, observam-se tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos. Enquanto os casos associados à covid-19 sugerem desaceleração, para os vírus influenza A e B, há indício de aumento recente em diversos desses estados”, afirma o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
A subida de registros em crianças ocorre nos seguintes estados: Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe. O boletim ainda indica que, embora mais fraco do que na população infantil, também há possível sinal de crescimento em algumas das faixas etárias da população adulta no Espírito Santo, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Até o momento, não existe uma vacina específica destinada à prevenção do VSR aprovada no Brasil, mas medidas não farmacológicas, como a amamentação e a vacinação contra influenza e pneumonia, são estratégias que tornam o sistema imunológico das crianças menores mais robusto e que evitam o agravamento do quadro.
Formas de evitar a infecção:
- Distanciamento físico;
- Etiqueta respiratória;
- Higiene das mãos;
- Evitar o tabagismo passivo das crianças;
- Evitar tocar os olhos, nariz ou boca sem a higiene adequada das mãos, após contato com superfícies ou objetos que possam estar contaminados;
- Limpeza e desinfecção de objetos e ambientes;
- Evitar o contato ou exposição de crianças com pessoas com sintomas respiratórios;
- Evitar ambientes fechados e aglomerados para crianças menores de 2 anos;
- Evitar que as crianças com sintomas respiratórios frequentem escolas e creches até a recuperação delas.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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