Minas Gerais

Mulher usa caderno de criança para pedir socorro: 'Tô sendo agredida'

Vítima estava sendo mantida em cárcere privado pelo ex-companheiro há quatro dias, quando conseguiu pedir socorro por meio do caderno escolar do filho

Clara Mariz - Estado de Minas
postado em 17/05/2023 10:27
 (crédito: Freepik/Reprodução)
(crédito: Freepik/Reprodução)

“Socorro, liga ‘pra’ polícia. Aí tem meu endereço. 'Tô' sendo agredida há 4 dias. Não manda mensagem nenhuma”. Esse foi o bilhete escrito no caderno de uma criança de 4 anos, pela sua mãe, na manhã desta terça-feira (16/5). A anotação foi encontrada pela professora do menino, que acionou a Guarda Municipal de Belo Horizonte. O caso aconteceu no bairro Jardim Leblon, na Região de Venda Nova, e a vítima, de 30 anos, foi resgatada.

A mulher estava sendo mantida em cárcere privado desde a última sexta-feira (12/5) pelo ex-companheiro. Ao ser encontrada, ela confirmou que escreveu o pedido de socorro no caderno do filho a fim de que fosse resgatada.

De acordo com a vítima, além de estar sendo mantida presa dentro de casa, o homem também a estava agredindo. Ela afirmou que possui medida protetiva contra o homem e que na sexta-feira foi surpreendida por ele. O homem teria arrombado o portão da residência e pulado a janela do cômodo.

Ainda conforme o relato, por quatro dias o homem teria agredido a vítima e pegado seu celular, para que ela não tivesse contato com ninguém. No entanto, após a criança insistir para ir à escola, o suspeito acabou liberando-a. A mulher então teria aproveitado a oportunidade e, sabendo que a professora dava atividades para o menino no dia e sempre olhava o caderno do filho, escreveu o pedido de socorro.

A escola notificou o Conselho Tutelar Venda Nova, que ficou com os cuidados da criança, para que a mãe tomasse as devidas providências contra o autor nesta Unidade Policial. Isso porque não havia ninguém para cuidar do menor.

O homem foi preso e encaminhado para a Delegacia da Mulher de Belo Horizonte. Participaram da ação a Guarda Municipal e a Polícia Militar.

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