Saúde Pública

Ministério da Saúde remaneja insulina entre estados para conter falta no SUS

A insulina análoga de ação rápida é distribuída pelo SUS para pacientes que tratam a diabetes tipo 1. Entre as ações para conter o desabastecimento, há um contrato emergencial para aquisição de 1,3 milhões de unidades do produto e diálogo com estados para remanejamento de estoques

Tainá Andrade
postado em 15/05/2023 22:08 / atualizado em 15/05/2023 22:08
 (crédito: Freepik/jcomp)
(crédito: Freepik/jcomp)

O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (15/5), as medidas para sanar o problema de desabastecimento de insulina análoga de ação rápida, ou insulina Asparte, que serve principalmente para o tratamento de diabetes mellitus tipo 1, já que age para diminuir o risco de hipoglicemia após as refeições. Pacientes com o tipo 2 que não se adaptam com a insulina regular também podem usar.

Uma das medidas é um contrato emergencial para adquirir para o Sistema Único de Saúde (SUS) a quantidade de 1,3 milhão de unidades, que será responsável por atender mais de 67 mil pacientes que precisam do medicamento. Assinado na última terça-feira (9/5), a previsão de chegada do produto é para um mês depois, no dia nove de julho. A pasta promete que tenta antecipar a entrega da primeira remessa.

O remédio está em falta na rede pública de saúde, ele é distribuído gratuitamente pelo programa Farmácia Popular. O SUS é responsável pelo tratamento de cerca de 70% das pessoas com diabetes no país, a insulina análoga de ação rápida é direcionada para 5% a 10% desse quantitativo.

A outra medida realizada pelo ministério tem sido o diálogo com as Secretarias Estaduais de Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), para remanejar os produtos.

“Para que seja possível manter o abastecimento igualitário na rede SUS até o início de junho a partir do remanejamento entre os entes federados. Além disso, o Ministério da Saúde vem ressarcindo os estados que possuem pauta vigente para aquisição direta do fármaco”, explicou a pasta por meio de nota.

A pasta ressaltou que o problema tem “máxima prioridade” dentro do ministério. Sobre os outros tipos de insulinas utilizados para o tratamento de diabetes, o ministério informou que a quantidade está em “estoque adequado”.

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