Amazônia

Ibama já aplicou R$ 1,51 milhão em multas em operação na terra Karipuna

Operação que reúne PF, Funai e Ibama foi iniciada nesta quinta (11/5) e já efetuou uma prisão; 12 madeireiros foram indiciados e 14 empresas autuadas

Ândrea Malcher
postado em 12/05/2023 14:26 / atualizado em 12/05/2023 14:27
 (crédito: Divulgação/Polícia Federal)
(crédito: Divulgação/Polícia Federal)

A operação de desintrusão da terra indígena (TI) Karipuna, em Rondônia, prendeu uma pessoa, além de indiciar 12 madeireiros e autuar 14 empresas no primeiro dia de ação da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (11/5). A iniciativa é feita em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Até esta sexta-feira (12), foram apreendidos 7,4 mil m³ de madeira, o que equivale a cerca de R$ 1,2 milhão. A PF informou que peritos criminais federais colheram amostras nos pátios das empresas, constatando possível inconsistência entre as espécies de madeira encontradas e as declaradas no Sistema Oficial de Controle de Produtos Florestais (Sisdof). No entanto, até o momento, não houve apreensão ou inutilização de maquinário. O Ibama já aplicou R$ 1,51 milhão em multa.

A operação mobiliza 80 policiais federais e outros 10 profissionais das outras instituições. Segundo a PF, o objetivo é identificar “pessoas envolvidas nas atividades de loteamento e comercialização ilegal de terras (grilagem) e em extração ilegal de madeira do interior”.

“Durante as ações, os policiais federais atuarão nos 12 maiores e principais pontos de alerta de desmatamento existentes no interior da Terra Indígena, bem como em 20 madeireiras e serrarias que ficam no entorno da Terra Indígena Karipuna”, informou a PF, na quinta, ao anunciar a operação.

A investigação aponta que as madeiras extraídas na TI Karipuna são comercializadas ilegalmente por madeireiras e serrarias, “mediante engenhoso esquema fraudulento que esquenta a origem dos produtos florestais extraídos”.

De acordo com a corporação, o esquema estaria emitindo e fazendo transferências simuladas de créditos virtuais do Sisdof, por meio de laranjas e planos de manejo fraudulentos em Rondônia e em outros estados.

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