Indígenas do povo Munduruku, unidos em uma organização agroextrativista no sudoeste do Pará, estão em busca de apoio para conseguir viabilizar a venda da primeira coleta de castanha realizada pelo grupo. A comercialização está programada para o próximo domingo (14/5), de acordo com informações da assessoria do Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA).
Em nota, divulgada na noite desta quarta-feira (10/5), o MP informou que, como o trabalho está no início e não há um fundo para despesas logísticas, os indígenas pedem ajuda para pagar o transporte da castanha dos locais de coleta até o ponto de venda.
A castanha-do-pará foi coletada em áreas Munduruku no município de Jacareacanga. O produto precisa ser levado por rios até Itaituba. O valor do transporte das 36 toneladas de castanha é estimado em R$ 18 mil.
As contribuições podem ser feitas pelo Pix, para a chave de número telefônico 93 992443377, de João Messias da Silva Sousa, um dos coordenadores do apoio ao Coletivo de Castanha Munduruku Poy.
O Coletivo Poy foi pensado no final de 2022, durante encontro anual dos Munduruku do qual participaram mais de 300 indígenas. Lideranças manifestaram o desejo de criar uma iniciativa que possibilitasse segurança econômica e fornecesse condições sustentáveis de gestão do território.
Ao todo, 23 aldeias integram o coletivo, para atuar com produtos da sociobiodiversidade amazônica na região do alto rio Tapajós, em especial para estruturar alternativas econômicas ao garimpo que gerem renda, valorizem as culturas locais e mantenham a floresta em pé.
O MPF, órgão que tem a atribuição de defesa dos direitos indígenas, apoia a iniciativa como forma de garantia da vida e da cultura indígena. Por isso, a instituição está auxiliando os indígenas na divulgação do pedido de recursos. O coletivo Poy também tem o apoio de organizações como o Projeto Saúde e Alegria (PSA), que promove capacitações e auxilia na elaboração do plano de trabalho das atividades agroextrativistas Munduruku.
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