Amazonas

Caso Bruno e Dom: réus depõem à Justiça nesta segunda-feira em Tabatinga

Os réus seriam ouvidos no dia 17 de abril por videoconferência, mas a defesa pediu o adiamento dos depoimentos

Isabel Dourado*
postado em 08/05/2023 16:31 / atualizado em 08/05/2023 16:32
Indigenista brasileiro e jornalista britânico assassinados -  (crédito:  LUCIOLA VILLELA)
Indigenista brasileiro e jornalista britânico assassinados - (crédito: LUCIOLA VILLELA)

Os três réus acusados de assassinar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips depõem à Justiça nesta segunda-feira (8/5) em Tabatinga, Amazonas. Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima serão ouvidos em audiência on-line.

A audiência estava originalmente marcada para o dia 17 de abril. Remarcados, os depoimentos dos réus deveriam ter começado às 8h no horário de Tabatinga (10h no horário de Brasília), mas foram novamente adiados para as 14h de hoje. Os réus estão presos em presídios federais. Oseney e Jefferson estão em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; Amarildo está em Catanduvas, no Paraná.

Fabiano Verli, juiz à frente do caso, decidiu adiar os depoimentos para o período da tarde porque o presídio de Campo Grande não tinha confirmado se os réus Oseney e Jefferson seriam ouvidos reservadamente pelos advogados. No início da audiência desta segunda-feira, o réu Amarildo chegou a ser ouvido de forma reservada.

Depoimento adiado

Os réus seriam ouvidos, a princípio, no dia 17 de abril por videoconferência, mas a defesa pediu o adiamento dos depoimentos. Os advogados alegam que precisavam ouvir os réus por videoconferência reservada.

Devido aos problemas técnicos e de internet, nove pessoas, entre testemunhas e informantes, foram ouvidas nos primeiros cinco dias de audiência, em abril deste ano. O objetivo da audiência de instrução e julgamento é verificar se as provas testemunhais colhidas durante a fase do inquérito policial são robustas ou não para os acusados irem a júri popular.

Caso Dom e Bruno

Bruno e Dom desapareceram em 5 de junho enquanto navegavam próximo à comunidade de São Rafael, no Amazonas. Os restos mortais dos dois foram encontrados 10 dias depois, quando Amarildo Oliveira confessou o crime e levou os agentes e os indígenas que ajudavam nas buscas ao local onde os corpos estavam sepultados.

Bruno Pereira denunciou que estaria sofrendo ameaças na região da reserva indígena do Vale do Javari. Com mais de 8,5 milhões de hectares, local concentra o maior número de indígenas isolados. À época, o indigenista estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja). O britânico Dom Phillips era jornalista e colaborador do jornal The Guardian. Com o apoio da Fundação Alicia Patterson, ele trabalhava em um livro sobre a Amazônia.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

 

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