Uma nota técnica emitida pelo Ibama aponta que o tiktoker Agenor Tupinambá mantinha outros animais silvestres no local onde mora de forma irregular. O documento afirma que "sua conduta resultou na morte de um filhote de preguiça e, segundo relatos provavelmente, de um outro filhote de capivara."
O influenciador, que ficou conhecido por mostrar sua rotina com a capivara chamada Filó, em Autazes, no Amazonas, foi multado pelo Ibama após a constatação de irregulares no tratamento dele com animais silvestres.
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O documento, assinado por dois analistas do Ibama, apontam que Agenor manuseou um filhote de jacaré, ovos de jacaré no ninho, uma aranha caranguejeira, uma coruja, dois papagaios, duas jibóias, duas preguiças e duas araras vermelhas.
A nota técnica também aponta que o influencer utilizou uma paca (uma espécie de roedor) e a manteve em cativeiro, assim como um filhote de carão, usado para se promover nas redes sociais. A conclusão se deu após uma análise nos perfis do influenciador.
"Alguns podem ter sido capturados na natureza e imediatamente soltos, mas outros como papagaios, arara, preguiça, capivara e paca não estão entre esta possibilidade. Ressalta-se que a captura ou apanha em si já é ato infracional e ilegal, sendo que a manutenção do animal em cativeiro torna continuada a conduta", informa a nota.
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Agenor não reside em meio à mata
Segundo o Ibama, Agenor não reside em meio à mata, mas em uma fazenda localizada em uma zona rural onde podem acontecer encontros com animais silvestres. Isso contradiz a versão do influencer, que afirma que Filó vivia livre.
"Isso não implica que o flutuante onde reside seja ambiente natural de paca, arara, capivara, preguiça, papagaio, entre outros animais. Nesta avaliação existe uma necessária distinção entre os conceitos de distribuição geográfica, habitat e nicho para cada espécie além da biologia comportamental", esclarece a nota técnica.
O documento salienta que, caso Agenor não entregue os animais, será realizada uma fiscalização na fazenda onde mora e os animais silvestres encontrados no local deverão ser apreendidos. Os animais expostos que não forem encontrados serão "objeto de notificação específica visando sua entrega."
Em resposta ao Correio, a assessoria de Agenor informou que: "Nenhum animal foi retirado do seu habitat. É bastante comum na vida de quem mora no interior do Amazonas, coexistir com animais silvestres. O Agenor é um ribeirinho que pesca, planta, produz leite e enquanto registrava sua rotina nas redes sociais, também mostrou a presença desses animais, nada além disso."
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