Saúde

Casos de dengue no país aumentam 30% nos quatro primeiros meses de 2023

Ocorrências de zika e chikungunya também apresentaram subida, como informou o Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (4/5), no lançamento da campanha "Brasil unido contra a dengue, zika e chikungunya"

Ândrea Malcher
postado em 04/05/2023 12:34 / atualizado em 04/05/2023 12:38
 (crédito: SHINJI KASAI / COURTESY OF SHINJI KASAI / AFP)
(crédito: SHINJI KASAI / COURTESY OF SHINJI KASAI / AFP)

Até o fim de abril deste ano, o Ministério da Saúde apurou um aumento, em todo o país, de 30% em casos prováveis de dengue em relação ao mesmo período em 2022. As ocorrências da doença foram de 690,8 mil casos para 899,5 neste ano, com 333 mortes confirmadas. As informações foram divulgadas na manhã desta quinta-feira (4/5) durante o lançamento da campanha “Brasil unido contra a dengue, zika e chikungunya”.

Os estados com maior incidência de dengue são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia. No caso da chikungunya, foram notificados 86,9 mil casos, um aumento de 40%, em relação a 2022, com 19 óbitos confirmados. Já a zika, até o fim de abril, registrou 6,2 mil casos, com taxa de incidência de 3 casos por 100 mil habitantes, um aumento de 289% comparado ao último ano, em que 1,6 mil ocorrências foram observados.

“A estratégia do governo de atacar a pobreza, vai, de certa forma, fazer com que todas essas doenças que têm uma forte determinação social também sejam reduzidas. Não é uma estratégia só, algumas não estão nem no campo da saúde”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Para dar apoio ao controle das três doenças, a pasta instalou em março o Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) para o monitoramento do cenário epidemiológico e das particularidades de cada estado.

Segundo o MS, já foram distribuídas mais de 300 mil kits laboratoriais para o diagnóstico. A pasta conta com quatro tipos de controle vetorial do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da doença. O principal, conhecido como fumacê, é um dos inseticidas utilizados e a Saúde espera receber 275 mil litros do produto.

“A população acha que quando passa o fumacê, está ótimo. E na verdade, quando o fumacê passa é um sinal ruim para nós, é um alerta que temos muitos mosquitos adultos. O ideal é que a gente combata a larva, que a gente impeça a reprodução dele”, observa a secretária Ethel.

  

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