O presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou nesta segunda-feira (1°/5), que as ações de inteligência do órgão identificaram indícios de garimpos que recebem apoio de organizações criminosas. A declaração foi dada em coletiva feita pela comitiva federal que foi até Roraima. Estavam presentes as ministras dos Povos Indígenas (MPI), Sônia Guajajara; do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMAMC), Marina Silva; da Saúde, Nísia Trindade; o Secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp), Tadeu de Alencar; a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Joenia Wapichana, e representantes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Ações de inteligência tem encontrado indícios muito fortes de que alguns pontos de garimpo são mantidos com apoio de organizações criminosas. Isso está sendo investigado, não temos informações para adiantar”, disse Agostinho.
A decisão conjunta é de intensificar as ações ostensivas no Território Indígena (TI) Yanomami, mas de forma focada com o uso da inteligência dos órgãos federais. A reunião interministerial para definir as diretrizes será feita nesta terça (2/5).
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“A Polícia Federal está trabalhando em duas frentes: investigações de inteligência, nas quais trazem os resultados de conclusões de quem está envolvido, de quem facilita, de quem cria caminhos. É um trabalho de inteligência que vai ser feito de forma isenta. A outra parte é a ação direta que é a abordagem aos criminosos que vai ser feita pelos agentes”, explicou a ministra Marina Silva.
“Não vamos confundir agora de que as vítimas, que são os indígenas, estão criando problema para os garimpeiros. São os garimpeiros que criaram o problema social, ambiental e de destruição de um povo, de uma etnia. As crateras que estão abertas, a insistência em permanecer mesmo com todos os esforços para o convencimento da saída pacífica é uma demonstração de que existem forças muito poderosas economicamente por trás. Então, é esse trabalho importante que a Polícia Federal está fazendo, de inteligência, para poder identificar não só quem está sendo usado lá na ponta, mas quem está dando suporte para realizar essa ação criminosa”, frisou.
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